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Uma das áreas da atividade humana que mais sofre alterações devido à tecnologia atualmente é a mídia. A intermediação entre as pessoas tem encontrado novas formas cada vez mais rápidas, e a transmissão de informações e conhecimentos não fica de fora. Estas transformações serão objecto de INN2024 – II Conferência Internacional de Inovação em Mídiaque terá lugar no campus da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, em Avenida de Berna, nos dias 11 e 12 de setembro.

Segundo a professora Dora Santos Silva, fundadora e organizadora do Obi.Media, Observatório de Pesquisa de Mídiaa ideia da conferência é ir além da área de informação. “Vemos a mídia como parte das indústrias culturais e criativas. Não faz sentido reduzir a inovação apenas à mídia”, afirma.

Considerando a inovação como algo que surge em situações de incerteza ou como resultado da necessidade de agir rapidamente para responder aos problemas, a conferência tenta refletir sobre os aspectos positivos e negativos desta mudança.

Na abertura da conferência falará o jornalista e professor espanhol Luis Miguel Pedrero Esteban, especialista em indústrias culturais no sistema audiovisual. Ele abordará novas formas e plataformas para o jornalismo sonoro.

Publicações para brasileiros

Entre as mesas redondas do primeiro dia, uma tratará de informações para brasileiros em Portugal. Com o título O Brasil em Portugal: jornalismo e jornalistasreunirá os principais projetos de informação para brasileiros no país.

O painel, que será realizado no dia 11, às 18h, contará com a presença de Vicente Nunes, do PÚBLICO Brasil, Gisele Rech, do Lado B da GastronomiaNonato Viegas, de Brasil agorae Amanda Lima, da DN Brasil, e será moderado por Gabriela Ferreira e Álvaro Filho. São mídias informativas que surgiram há menos de um ano.

“Atualmente, com o surgimento destes três títulos, a comunidade brasileira em Portugal tem agora um lugar para falar. E permite que outras comunidades e os portugueses conheçam melhor os brasileiros no país”, afirma Dora.

O professor acredita que o surgimento desses títulos poderá ter um papel na integração dos estrangeiros. “Deveria haver títulos semelhantes para outras comunidades que vivem em Portugal”, acrescenta.

Considera que o panorama político necessita de meios informativos que esclareçam as comunidades de pessoas que vieram de outros países. “Com o fortalecimento da extrema direita, há muita desinformação ligada à comunidade imigrante. São pessoas que estão aqui e contribuem para o crescimento do país a nível cultural, social e tecnológico. Trata-se de muito mais do que apenas equilibrar a Segurança Social”, reflecte.

Além da mesa redonda, haverá outra referência a um novo jornal para os brasileiros. No dia 12, às 15h30, será apresentada a comunicação PÚBLICO Brasil: uma proposta para combater o deserto de informação dos imigrantes brasileiros por dois acadêmicos participantes do projeto, Jair Rattner e Fernando Thompson.

Artistas

Com uma visão das indústrias culturais que inclui a produção artística, o INN2024 terá também uma parte dedicada à exposição de criações nas artes. Três artistas apresentarão os seus trabalhos durante a conferência, fruto das residências em que participaram.

Ivo Louro apresentará Harpas do Mundo do Tempoem que as guitarras tocarão dependendo do nível de poluição sonora na sala. O trabalho de Luís Antero será Ouça com os olhos fechadoscom tours sonoros pela Fundação Gulbenkian. E Ana Sofia Almeida trará Laranja no Bolso, Aerogramas e Resto de Memóriasuma instalação que combina arte e tecnologia.

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