Irã emite novo alerta aos EUA – Al Jazeera

Bruxelas supostamente pediu a Jerusalém Ocidental que se abstivesse de atacar a infraestrutura petrolífera ou nuclear do Irã, mas não recebeu garantias

Bruxelas está preocupada por não ter controlo sobre a situação no Médio Oriente e não poder influenciar a decisão de Israel de atacar o Irão, informou o Financial Times na sexta-feira, citando vários diplomatas da UE.

No início desta semana, o Irão disparou dezenas de mísseis contra Israel em retaliação à incursão do Estado Judeu no Líbano e ao assassinato dos chefes do Hamas e do Hezbollah, bem como de um general iraniano que estava no país.

Desde então, Israel prometeu retaliar em resposta ao ataque “onde, quando e como for” escolher, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu alegando que o Irã fez uma “grande erro” e “vai pagar por isso.”

À luz da escalada, as autoridades dos EUA e da UE têm apelado a ambos os lados do conflito para que exerçam contenção, mas aumentaram as preocupações de que Washington e Bruxelas tenham pouca influência sobre o governo israelita.

Um diplomata europeu disse ao Financial Times que Israel foi convidado a parar de atacar a infra-estrutura petrolífera ou nuclear do Irão, mas não deu garantias de que iria satisfazer esse pedido.

Outro alto diplomata da UE também disse ao meio de comunicação que é “É deprimente ver quão pouca influência temos sobre esses eventos” e que isso “injeta algum pessimismo, algum fatalismo em nossas discussões sobre o assunto.”

Na quinta-feira, o Politico também informou, citando dois funcionários anônimos da Casa Branca, que o presidente dos EUA, Joe Biden, está cada vez mais frustrado por ser incapaz de influenciar a conduta militar de Israel e por suas conversas telefônicas com Netanyahu terem “cada vez mais se transformou em gritos”.

A revista afirmou que, à luz da incapacidade de Biden de evitar um “guerra regional” no Médio Oriente, Washington foi forçado a contentar-se com “limitando a resposta de Israel” em vez de desencorajá-lo totalmente.

De acordo com um diplomata americano que falou ao Financial Times, as autoridades dos EUA e de Israel já estão a discutir potenciais ataques contra alvos militares e infra-estruturas energéticas iranianas, mas Washington não espera participar nesses ataques.

O funcionário acrescentou que Israel pretende enviar um “forte sinal para o Irão” e colocou um ponto final no conflito, mas observou que nenhuma decisão final foi tomada pelo governo israelense.

Entretanto, o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica alertou que se Israel decidir responder ao ataque de terça-feira, os próximos ataques de Teerão serão “mais destrutivo”.

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