Combatendo a proibição do Brasil, X de Elon Musk nomeia representante legal


Brasil:

O X de Elon Musk pagou milhões de dólares em multas no Brasil para resolver uma disputa com um juiz que proibiu a plataforma em seu maior mercado latino-americano por desinformação.

Mas a plataforma transferiu o dinheiro para a conta errada, disse nesta sexta-feira (4 de outubro) o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que ordenou o fechamento do X em agosto.

X, anteriormente conhecido como Twitter, acumulou US$ 5,2 milhões em multas por não cumprir uma série de ordens judiciais.

Moraes confirmou que a rede social pagou o valor integral, mas em uma conta diferente daquela que consta na ordem judicial, e disse ter ordenado o redirecionamento imediato dos recursos.

Moraes bloqueou o X em 31 de agosto, depois que Musk se recusou a remover dezenas de contas de direita acusadas de espalhar desinformação e não nomeou um novo representante legal no país, conforme ordenado.

X, que tinha 22 milhões de usuários no Brasil antes de Moraes bloqueá-lo, espera que o pagamento das multas resolva a disputa.

Na semana passada, afirmou ter cumprido outras exigências do tribunal, incluindo a nomeação de um representante legal no Brasil.

O confronto entre Musk e Moraes transformou-se numa batalha de alto risco que foi acompanhada de perto em todo o mundo como um teste à liberdade de expressão e à luta contra a desinformação.

Furioso, Musk atacou Moraes por causa da proibição, chamando-o de “ditador do mal” e apelidando-o de “Voldemort”, em homenagem ao vilão da série “Harry Potter”.

Mas nos últimos dias ele tem sido notavelmente mais discreto sobre o assunto e X parece ansioso para fazer o que for necessário para que a proibição seja suspensa.

A plataforma retomou brevemente o serviço no Brasil em meados de setembro, após uma solução técnica que alegou ser “inadvertida”.

Mas voltou a ficar offline depois que Moraes a ameaçou com mais multas.

A luta de X com Moraes começou durante a campanha para as eleições presidenciais de 2022 no Brasil, quando Moraes ordenou que a empresa desativasse contas de seguidores do fracassado titular da extrema direita Jair Bolsonaro.

O impasse aumentou após ataques de apoiadores de Bolsonaro a prédios federais em Brasília, após a posse do rival esquerdista de Bolsonaro, Luiz Inácio Lula da Silva, como presidente, em janeiro de 2023.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)


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