Coringa 2: Ricky explicou (e por que Arthur o beijou)

Alerta de spoiler! Este artigo contém spoilers de Coringa: Folie a Deux.

Um momento aparentemente inócuo em J.oker: Folie a Deux vê Arthur Fleck beijar um colega preso chamado Ricky, mas esta cena é realmente vital para o arco do personagem do Coringa. Em DC Coringa: Folie a DeuxTodd Phillips continua a investigar as complexidades da psique de Arthur Fleck, explorando temas de amor, perda e as consequências da violência. Entre os muitos novos personagens do filme está Ricky, uma figura aparentemente menor, cuja interação com Arthur durante seu tempo no Asilo Arkham fornece uma visão significativa do estado emocional de Arthur.

Em Coringa: Folie a DeuxArthur Fleck faz amizade com um presidiário do Asilo Arkham chamado Ricky. Interpretado por Jacob Lofland, Ricky é visto seguindo e apoiando Arthur Fleck. Como Coringa: Folie a Deux se desenrola, o papel de Ricky evolui, culminando em um destino trágico que impacta profundamente Arthur, possivelmente com o desenvolvimento mais importante da narrativa.

Por que Arthur beijou Ricky explicado

Durante uma cena no quintal do Asilo Arkham em Coringa: Folie a DeuxArthur é abordado por Ricky sob o olhar atento dos guardas. Ricky, encorajado pelos guardas, pede a Arthur que o beije. Arthur responde beijando ternamente os lábios do preso, para a diversão da segurança.

O beijo em Coringa: Folie a Deux simboliza o profundo distanciamento emocional de Arthur e a disposição de cumprir tudo o que lhe for pedido. Ele se envolve nesse ato não por desejo ou afeição, mas porque está tão arrasado por sua prisão que ele simplesmente faz o que lhe mandam. As risadas e o incentivo dos guardas amplificam o absurdo do momento, reduzindo uma interação potencialmente íntima a uma piada cruel em um mundo desprovido de conexão genuína.

Pouco depois, um guarda brinca que Arthur é um “romântico incurável.” Este aceno aos tropos românticos antiquados relembra os musicais glamorosos que inspiraram os números musicais. Além disso, num mundo onde o afeto genuíno parece impossível, a disposição de Arthur em beijar Ricky também pode ser interpretada como uma tentativa de uma conexão fugaz – uma fuga momentânea de seu isolamento, por mais equivocada que seja.

Esta cena também serve como um possível desvio durante um ponto em que a existência de Harley Quinn é um tanto ambígua. Se a Harley Quinn de Lady Gaga fosse apenas uma invenção da imaginação de Arthur, poderia ter sido Ricky quem Arthur estava beijando. Independentemente disso, enfatiza a luta interna de Arthur entre seu desejo de amor e a dura realidade que ele enfrenta. O beijo, então, é ao mesmo tempo uma manifestação da desesperança de Arthur e um comentário sobre sua desilusão com sua vida.

Ricky é um personagem da DC Comics?

Imagem via Warner Bros.

Ricky não é um personagem da DC Comics. Seu papel em Joker: Folie a Deux parece ser criado especificamente para o filme. Embora ele não tenha uma contraparte pré-existente nos quadrinhos, a interação de Ricky com Arthur oferece um dispositivo narrativo crucial. Através de Ricky, Arthur integra sua própria identidade, principalmente após sua morte.

O papel de Ricky no Coringa 2 explicado

Imagem via Warner Bros.

Em Coringa: Folie a Deuxdepois que Arthur retorna a Arkham após um ataque brutal dos guardas, Ricky os confronta, aparentemente defendendo Arthur. Tragicamente, este ato de desafio leva à morte brutal de Ricky nas mãos de um guarda chamado Sullivan, que o estrangula enquanto Arthur cai derrotado no chão. Este momento não é apenas chocante, mas também serve como um ponto de viragem para Arthur.

A morte de Ricky funciona como um alerta para Arthur, marcando um momento crucial em sua jornada. Até este ponto, Arthur estava consumido por seu próprio desespero e tendências autodestrutivas. A violência que ele sofre é muitas vezes unilateral; ele foi vítima da sociedade e de suas próprias ações. No entanto, a morte de Ricky obriga Arthur a enfrentar as consequências de sua existência e ações. É um lembrete visceral de que suas escolhas podem causar danos, não apenas para ele, mas também para aqueles que se preocupam com ele ou que procuram se conectar com ele.

Este trágico evento significa o potencial de mudança dentro de Arthur. Após a morte de Ricky, o filme usa um flashback comovente para ilustrar a crescente percepção de Arthur sobre o impacto de suas ações. A cena mostra Arthur removendo a maquiagem após sua primeira morte, simbolizando uma mudança em sua mentalidade. A maquiagem, representando a personalidade do Coringa, começa a perder o encanto enquanto Arthur luta com as repercussões da violência.

Neste contexto, o destino de Ricky torna-se um catalisador para a reavaliação de Arthur sobre quem ele quer ser. Serve para enfatizar o peso da responsabilidade que ele carrega – não apenas pela sua própria vida, mas também pela vida daqueles que o rodeiam. O beijo com Ricky, repleto de desespero e absurdo, agora ressoa com um significado mais profundo enquanto Arthur enfrenta a perda de alguém que ousou alcançá-lo em Coringa: Folie a Deux.

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