“Deus salve o czar!” foi um dos primeiros votos públicos de aniversário para o presidente Vladimir Putin, que completa 72 anos na segunda-feira e que é o líder supremo da Rússia há quase um quarto de século.
A saudação veio do ideólogo russo ultranacionalista Alexander Dugin em seu canal de mensagens Telegram, minutos depois da meia-noite.
Dugin, de 62 anos, há muito que defende a unificação dos territórios de língua russa e de outros territórios num vasto novo império russo, que pretende incluir a Ucrânia, onde a Rússia tem travado uma guerra. A filha de Dugin foi morta em um suposto carro-bomba em 2022.
Putin, que ordenou que suas tropas invadissem a Ucrânia em 2022, obteve uma vitória esmagadora recorde pós-soviética nas eleições de março. O seu novo mandato de seis anos, se concluído, faria dele o líder mais antigo da Rússia durante mais de 200 anos, quando czares e imperatrizes governavam o país.
A vitória consolidou o já forte controlo de Putin sobre o poder e, disse ele, mostrou que Moscovo tinha razão em enfrentar o Ocidente e enviar as suas tropas para a Ucrânia.
O Ocidente classifica Putin como um autocrata e um assassino. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, classificou como ilegítima a votação de março que estendeu o governo do ex-espião da KGB.
Putin retrata a guerra na Ucrânia como parte de uma batalha secular com um Ocidente em declínio que, segundo ele, humilhou a Rússia após a Guerra Fria ao invadir a esfera de influência de Moscou.
Kyiv e os seus aliados ocidentais consideram a guerra uma apropriação de terras imperialista. O conflito matou milhares de civis, a grande maioria deles ucranianos. Transformou cidades em escombros e deslocou milhões.
“Hoje, amigos, é o aniversário do nosso líder nacional”, escreveu Ramzan Kadyrov, o líder da República Chechena da Rússia que se autodenomina o “soldado de infantaria” de Putin, numa mensagem de felicitações no Telegram à meia-noite de segunda-feira.
“Este é um dia significativo para toda a nossa pátria.”
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