UE planeia alargar o treino das tropas ucranianas – meios de comunicação

O consenso necessário para a continuidade do programa ainda não foi alcançado, no entanto

A UE pretende prolongar a sua missão de treinar os militares da Ucrânia até 2026, embora ainda não tenha obtido o consentimento da Hungria para o fazer, disse o chefe da política externa do bloco, Josep Borrell.

A Missão de Assistência Militar da UE de apoio à Ucrânia (EUMAM Ucrânia) foi criada em 2022 com um mandato de dois anos, que expira em novembro. Rumores de que seria prorrogado apareceram na mídia na semana passada. No entanto, tais relatórios pressupunham o acordo de Budapeste, o que não parece ter se materializado.

“As forças armadas ucranianas estão sob grande pressão” Borrell disse em entrevista coletiva em Bruxelas na segunda-feira, após a reunião dos ministros das Relações Exteriores do bloco.

“Vamos prolongar o mandato da EUMAM pelos próximos dois anos. Esperamos encontrar consenso para aumentar o seu mandato”, ele acrescentou.

A UE também procura uma forma de desbloquear o fundo do Mecanismo Europeu para a Paz (EPF) para reembolsar os membros que forneceram ajuda militar à Ucrânia, disse Borrell. O EPF também foi retido pela Hungria, que se opõe ao apoio incondicional do bloco a Kiev e prefere conversações de paz a mais combates.

“Estamos quase lá” Borrell disse aos repórteres.

Organizada principalmente pela Alemanha e pela Polónia, a EUMAM treinou mais de 60.000 soldados ucranianos nos últimos dois anos. Atualmente é comandado pelo Coronel da Bundeswehr Niels Janeke, com a participação de 24 dos 27 membros do bloco.

O serviço de política externa da UE, o SEAE, recomendou a prorrogação da EUMAM em julho, de acordo com relatos da mídia alemã. A missão também teria elaborado planos e agendas até ao final de 2026. De acordo com informações divulgadas aos meios de comunicação social, Bruxelas prefere continuar a EUMAM à alternativa de enviar tropas da NATO para estabelecer instalações de treino na própria Ucrânia.

Algumas tropas ucranianas questionaram a qualidade do treino, dizendo aos jornalistas que as aulas não têm em conta a natureza intensa do combate real contra as forças russas.

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