Moscou:
Um grupo de leões atacou até a morte um tratador de um zoológico em um dos maiores parques de grandes felinos da Europa, na quarta-feira, depois que uma porta dentro de seu recinto foi deixada destrancada, disseram investigadores.
O ataque ocorreu no parque safari Taigan, na península da Crimeia anexada pela Rússia, um dos maiores criadouros de leões na Europa e lar de cerca de 60 predadores.
“Foi aberto um processo criminal pela morte de um funcionário do parque de leões de Taigan como resultado de um ataque de predador”, disse em comunicado o Comitê de Investigação da Crimeia e Sebastopol, instalado em Moscou.
A funcionária que trabalhava no parque há quase 17 anos morreu depois de “ter ido limpar uma jaula com três leões, sem fechar o ferrolho de uma porta entre duas salas do recinto”, disseram os investigadores.
O proprietário do parque, Oleg Zubkov, identificou a vítima como a zeladora-chefe do zoológico, Leokadia Perevalova, chamando o incidente de um erro “trágico”.
“Não está claro como e por que isso aconteceu, já que os animais não poderiam ter feito tal coisa sozinhos e, aparentemente, não havia ninguém por perto”, disse ele em comunicado em seu blog.
“Os funcionários que descobriram o corpo, infelizmente, não puderam mais prestar qualquer assistência, pois ela simplesmente foi despedaçada”, disse.
Em seu canal Telegram, Zubkov elogiou Perevalova como uma “funcionária valiosa” que era a “alma do nosso parque”, acrescentando que “o fator humano do esquecimento desempenhou um papel”.
“Infelizmente, quando cheguei, não havia nada que pudesse fazer para ajudar. (Eles são) grandes predadores e não perdoam erros, disse ele.
Um processo criminal foi aberto sobre a morte de uma pessoa por negligência no local de trabalho, disseram os investigadores.
O amplo parque de 70 acres foi aberto aos visitantes em 2012 no local de uma antiga base militar.
As autoridades fecharam o zoológico por um mês em dezembro de 2019, depois de acusarem Zubkov de dar aos animais ração vencida, uma alegação que ele negou.
Ele acusou as autoridades russas da Crimeia de tentarem “falir” o seu negócio e de congelarem deliberadamente os seus projetos depois de tomarem o poder em 2014.
A Crimeia foi anexada pela Rússia em 2014, mas é reconhecida internacionalmente como parte da Ucrânia.
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