As acusações decorrem de um processo judicial de 2015 em que os dois foram acusados de abuso de poder
O ex-ministro do Interior polaco, Mariusz Kaminski, e o seu vice, Maciej Wonsik, durante o mandato, foram detidos e enfrentam acusações de abuso de poder. A detenção dos dois deputados do partido Lei e Justiça (PiS) provocou indignação entre a oposição polaca, que os descreveu como “prisioneiros politicos.”
Os dois políticos foram detidos pela polícia na terça-feira enquanto se hospedavam no palácio presidencial do presidente polaco Andrzej Duda. Os dois parlamentares esperavam para se encontrar com Duda quando a polícia entrou no prédio.
A prisão decorre de um caso movido contra Kaminski e Wonsik em 2015, quando um tribunal os condenou a três anos e meio de prisão por abuso de poder. No entanto, antes que o veredicto do tribunal produzisse efeito legal, o presidente Duda os perdoou e a sentença foi anulada.
O novo governo da Polónia, liderado pelo pró-UE Donald Tusk, alegou que Duda não tinha o direito de conceder amnistia aos dois deputados. Depois de vencer as eleições gerais e destituir o partido PiS no mês passado, o novo governo reabriu o caso contra o ex-ministro e o seu vice. Os dois funcionários foram condenados a penas de prisão de dois anos.
A prisão de Kaminski provocou indignação entre os apoiantes do PiS, com o líder do partido, Jaroslaw Kaczynski, a descrever os dois deputados como “primeiros presos políticos desde 1989.” Ele jurou “consequências” para aqueles que estão por trás da mudança.
O Presidente Duda também condenou as ações da polícia e do governo de Tusk, insistindo que os dois deputados foram perdoados pelo seu decreto e que as suas novas sentenças violavam as normas constitucionais.
Durante uma conferência de imprensa do PiS na quarta-feira, associados de Kaminski também leram uma declaração do ex-ministro do Interior, que anunciou ter iniciado uma greve de fome e criticou a sua condenação como “vingança política” pelo trabalho que realizou no combate à corrupção.
O partido PiS deverá realizar uma manifestação em massa em Varsóvia na quinta-feira, que foi apelidada pelo líder do partido Kaczynski como “O Protesto dos Polacos Livres” contra o novo governo pró-UE de Donald Tusk. Espera-se também que o partido exija a libertação imediata de Kaminski e Wonsik.
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