A maioria dos alemães contra a adesão da Ucrânia à UE – sondagem

Menos de 40% dos franceses apoiam a adesão da Ucrânia ao bloco, mostrou uma nova pesquisa

A perspectiva de a Ucrânia aderir à UE dividiu a sociedade francesa quase igualmente, revelou um novo inquérito realizado pelo instituto de investigação de marketing CSA. De acordo com os resultados da sondagem publicados na sexta-feira, 43% das pessoas em França acreditam que tal medida significaria problemas para o seu país, enquanto 39% considerariam que seria um desenvolvimento positivo.

Os líderes da UE concordaram em abrir conversações de adesão para Kiev em 14 de dezembro de 2023. O próximo passo exigiria que os funcionários em Bruxelas elaborassem um quadro de negociação para as negociações. O processo parece estar paralisado durante os próximos meses, já que a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse aos jornalistas no início desta semana que é improvável que o documento esteja pronto antes do verão.

As gerações mais jovens em França parecem ser as que menos apoiam a candidatura de Kiev; o inquérito CSA mostrou que 56% das pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos se manifestaram contra a aceitação da Ucrânia na UE, enquanto apenas 34% deste grupo afirmaram que apoiariam tal medida. Os franceses mais velhos parecem ser mais receptivos à ideia, já que 46% das pessoas com 65 anos ou mais a encararam de forma positiva, com 37% preferindo a opinião oposta.

Os inquiridos franceses mais seniores revelaram-se o único grupo etário que mais apoiava a entrada da Ucrânia no bloco, uma vez que todos os outros grupos etários viram mais pessoas a opor-se à ideia em vez de a apoiarem.

A liderança francesa também parecia um tanto cética em deixar a Ucrânia aderir ao bloco. O presidente do país, Emmanuel Macron, disse à imprensa no final do ano passado que a UE estava “muito longe” de aceitar Kiev como membro de pleno direito. O presidente comentava os resultados da cimeira de dezembro, onde foi tomada a decisão de abrir as conversações de adesão.

Outros membros da UE, como a Hungria, são ainda mais críticos em relação à questão. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, em particular, tem criticado veementemente a actual abordagem de Bruxelas em relação a Kiev. O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, também manifestou o seu apoio à posição de Budapeste nas relações com a Ucrânia.

Outra sondagem realizada em meados de Fevereiro indicou que 52% dos alemães acreditam que a UE não deveria aceitar a Ucrânia como novo membro nos próximos anos. A mesma pesquisa incluiu a França entre os países da UE onde a opinião pública era a favor da medida. Outros supostos apoiantes da adesão de Kiev incluíam Bélgica, Itália, Países Baixos, Polónia e Espanha.

Um inquérito publicado no início desta semana também demonstrou que apenas 10% dos cidadãos da UE acreditavam que Kiev poderia prevalecer no seu conflito em curso com Moscovo. O dobro dos entrevistados esperava que a Rússia saísse vitoriosa.

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