O diretor de “Imaculada”, Michael Mohan, sabe que o final de seu filme irá chocar os espectadores; na verdade, era uma mudança fundamental que ele queria fazer no roteiro original. O roteiro do roteirista Andrew Lobel foi escrito inicialmente há uma década, o que, como Mohan disse ao TheWrap, foi uma “época muito diferente, tanto em termos de cenário cinematográfico (e) em uma época muito diferente, politicamente. Portanto, o final (original) foi um final feliz muito tradicional.”
O filme conta a história da Irmã Cecília (Sydney Sweeney), que descobre que, ao entrar em um convento italiano, está grávida. Todos os envolvidos presumem que seja uma concepção imaculada, mas Cecilia começa a temer que algo mais sombrio esteja em jogo.
Como Mohan explicou, havia apenas um caminho a seguir no final do filme: “Quando li o roteiro, pensei: ‘Ela tem que matar aquele bebê’”, disse ele. “Todo mundo agora luta com fé, certo? Há muitas pessoas que estão com raiva por aí e eu quero que este filme reprima esse sentimento de raiva e dê a eles aquela sensação de catarse ao sair do cinema.”
Dito isto, Mohan quer deixar claro que o filme não é político nem faz uma declaração sobre direitos reprodutivos. “Quando decidimos fazer o filme, o mais importante foi que fosse uma montanha-russa, antes de mais nada, e que as pessoas pudessem embarcar”, disse ele. “Mas se as pessoas decidirem ler isso, o que podem fazer… O objetivo não é mudar a opinião de ninguém. O objetivo é iniciar uma conversa. Essa é a melhor coisa que podemos esperar.”
A estreia do filme no SXSW no início de março fez com que Mohan sentisse que o público que entende a viagem na montanha-russa do filme o encontrará. “É algo tão lindo ouvir as pessoas, quando ela pega a pedra e elas dizem ‘Sim!’”, disse ele. “Todo mundo está torcendo para que Sydney mate o que quer que seja, seja um bebê, seja uma anomalia genética ou se esse bebê representa uma ideia. Ela o está assassinando da maneira mais brutal possível. Ela está acabando com o sofrimento e então o filme acaba. Estou muito orgulhoso disso.”
“Imaculada” já está nos cinemas.
