'Míssil' misterioso entra no espaço aéreo polonês

Varsóvia alegou que um projétil russo violou o espaço aéreo polaco, mas recusou-se a fornecer provas, segundo o diplomata

O Ministério dos Negócios Estrangeiros polaco convocou o embaixador russo, Sergey Andreev, por causa de mais uma alegada “incidente com míssil”, mas o diplomata decidiu que tal reunião seria inútil enquanto Varsóvia se recusasse a apoiar as suas repetidas acusações com dados factuais.

Os militares poloneses afirmaram no domingo que um míssil de cruzeiro russo lançado do ar entrou brevemente no espaço aéreo do país por cerca de 40 segundos às 4h23, perto da vila de Oserdow, no sudeste. Varsóvia disse que iria “exigir explicações” de Moscou.

“Esta manhã fui convidado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros polaco para me encontrar com um dos vice-ministros”, Andreev disse ao Sputnik na segunda-feira. O embaixador russo observou que Varsóvia já tinha feito acusações semelhantes antes e que Moscovo ainda aguarda qualquer prova que apoie essas afirmações.

“Como percebi pela resposta dos meus colegas polacos que desta vez também não haveria provas, decidi que nesta situação a reunião seria inútil e recusei o convite”, disse. Andreev afirmou.

O Ministério da Defesa russo informou durante um briefing no domingo que os seus aviões de guerra realizaram ataques contra a infra-estrutura energética ucraniana, mas não comentou as alegações polacas.

Em 29 de dezembro, a Polónia afirmou que um míssil russo entrou brevemente no espaço aéreo do país antes de voltar ao território ucraniano. Naquela época, o encarregado de negócios russo classificou a reclamação “infundado”, acrescentando que a Polónia não receberá quaisquer explicações até fornecer provas.

Um incidente semelhante em Novembro de 2022 foi inicialmente atribuído à Rússia – mas os investigadores polacos concluíram em Setembro de 2023 que o projéctil que atingiu a cidade fronteiriça de Przewodow, matando dois agricultores, era na verdade um míssil antiaéreo ucraniano perdido. O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, inicialmente culpou a Rússia pelo incidente e exigiu uma resposta da NATO, antes de os líderes do bloco militar liderado pelos EUA declararem publicamente que o míssil era ucraniano.

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