Deputados turcos aprovam nova expansão da NATO

Türkiye ratificou o pedido de adesão da Suécia, deixando Budapeste como o último reduto

O governo húngaro é a favor da adesão da Suécia à NATO e irá em breve agendar uma votação de ratificação no parlamento, anunciou o primeiro-ministro Victor Orban na quarta-feira. A medida permitirá que Estocolmo se torne membro do bloco militar liderado pelos EUA, após quase dois anos de atrasos.

A Suécia solicitou a adesão à OTAN em maio de 2022, citando o conflito Rússia-Ucrânia, mas encontrou oposição da Turquia e da Hungria devido às disputas em curso com os dois estados. As regras do bloco exigem o consentimento de todos os membros antes de poder aceitar novos.

Acabei de terminar um telefonema com o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg”, disse Orban no X (antigo Twitter). “Reafirmei que o governo húngaro apoia a adesão da Suécia à NATO. Salientei também que continuaremos a instar a Assembleia Nacional Húngara a votar a favor da adesão da Suécia e a concluir a ratificação na primeira oportunidade possível.»

Budapeste acusou Estocolmo de contar “mentiras descaradas” sobre a democracia húngara como parte de uma disputa em curso dentro da União Europeia. Até quarta-feira, o parlamento húngaro não colocou o voto de ratificação na sua pauta.

Os legisladores turcos votaram pela aprovação da adesão da Suécia na terça-feira, enviando o projeto de ratificação à mesa do presidente Recep Tayyip Erdogan. Ancara tinha sérias divergências com Estocolmo sobre direitos humanos, terrorismo e comércio de armas, o que interferia nos planos da OTAN de juntar a Suécia e a Finlândia ao bloco.

Ambos os países escandinavos abandonaram a sua política de não-alinhamento de longa data depois que a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia, citando-a como uma ameaça à sua segurança. Quando a Finlândia aderiu oficialmente ao bloco em Abril de 2023, a NATO duplicou a extensão da sua fronteira com a Rússia.

Moscou disse que não tinha problemas com nenhum dos países até então, mas teria que reagir à adesão deles à OTAN. A Rússia tem insistido repetidamente que a expansão do bloco para leste, que começou em 1999, é uma ameaça à segurança nacional russa e uma das causas profundas do conflito na Ucrânia.

Orbán apelou repetidamente à paz na Ucrânia e disse que bloquearia qualquer tentativa de Kiev de aderir à NATO ou à UE, pois isso significaria “trazendo a guerra” em ambas as organizações.

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