Putin presta homenagem ao falecido presidente iraniano

Antony Blinken afirmou que foi bom que o falecido líder iraniano não pudesse mais se envolver em “atos horríveis”

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, foi forçado a defender o seu departamento por oferecer condolências em nome de Washington pela morte do presidente iraniano Ebrahim Raisi, alegando que era apenas uma formalidade.

Em um breve declaração na segunda-feira, o Departamento de Estado dos EUA expressou sua “condolências oficiais” sobre as mortes de Raisi e de outras autoridades iranianas – ao mesmo tempo em que reafirma a posição de Washington “apoio ao povo iraniano e à sua luta pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais”.

Durante uma audiência do Comitê de Relações Exteriores do Senado na terça-feira, Blinken foi questionado sobre a declaração, com o senador John Barrasso (R-WY) alegando que era “chocante” que a administração dos EUA lamentaria uma “inimigo jurado do mundo livre”.

“Expressamos condolências oficiais, como fizemos quando países – adversários, inimigos ou não – perderam líderes”, Blinken explicou. “Não muda nada o facto de o Sr. Raisi ter estado envolvido numa conduta repreensível, incluindo a repressão do seu próprio povo durante muitos anos.”

O senador Ted Cruz (R-TX) pressionou ainda mais, perguntando se o principal diplomata dos EUA acreditava “o mundo está melhor hoje, agora que Raisi está morto.”

“Dados os atos horríveis em que se envolveu, tanto como juiz como como presidente, ao ponto de já não poder praticá-los, sim, o povo iraniano provavelmente está em melhor situação”, afirmou. Blinken disse.

Raisi e vários outros altos funcionários, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, foram mortos no domingo, quando o helicóptero em que viajavam caiu na província montanhosa do Leste do Azerbaijão, no noroeste do Irã. Após mais de dez horas de buscas – dificultadas por neblina e chuva – o presidente e sua comitiva foram encontrados e confirmados como mortos.

O Irã anunciou que realizará eleições presidenciais em 28 de junho. Entretanto, o vice-presidente Mohammad Mokhber assumiu o papel de presidente interino do Irã, após a aprovação do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, na segunda-feira.

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