Holger Rune: “Acho que não estou longe de ganhar meu primeiro título de Grand Slam

Runa Holger Ele tem grandes aspirações de ir longe nesta edição de Roland Garros. O dinamarquês conversa com MARCA sobre suas expectativas, sua relação com Patrick Mouratoglou e a nova geração de tenistas, da qual é um dos líderes junto com Carlos Alcaraz e Jannik Sinner.

Perguntar. Você é daqueles que olha o quadro todo?

Responder. Sim, e eu sabia que tinha Nadal ao meu lado. Ele é o melhor tenista que já disputou este torneio. Não pude vivenciar o que significa enfrentá-lo aqui, mas vi na televisão como ele dominou a maioria das partidas.

P. Você é da mesma geração de Carlos Alcaraz, com quem até formou dupla em Tarbes. Você poderia imaginar que eles se encontrariam novamente no topo do tênis?

R. Achei que ele estaria aqui e provavelmente ele também estaria. Mas é difícil dizer porque nos juniores há jogadores muito bons e dos 12 aos 14 anos até ao profissionalismo há um longo caminho a percorrer. No Carlos já se via o talento dele e que ele era um lutador, mas havia muitos outros bons.

P. Muitas pessoas prevêem que você, Alcaraz e Jannik Sinner formarão os novos ‘Três Grandes’ da raquete. Você concorda?

R. Seria bom, eu desejo. Seria bom para o tênis ter uma nova rivalidade, repetir as mesmas partidas entre os jogadores.

Alcaraz começou a vencer muito cedo, comparo a sua precocidade com a do Nadal

P. Sinner e Carlitos já possuem títulos de ‘Grand Slam’ em seu currículo. O que falta para se assemelhar a eles? É uma questão de tênis, de frente?

R. Jannik é um pouco mais velho e está no circuito há mais anos. Alcaraz começou a vencer muito cedo, lembra-me a precocidade do Nadal e é de admirar. Ele tem sido rápido em tudo, inclusive na construção de um corpo forte o suficiente. Ele tem qualidades que eu ainda não tenho, mas é o que é. Tenho que me concentrar em mim mesmo e seguir meu caminho para alcançar meus objetivos.

P. Qual era o grande prêmio que você sonhava vencer quando criança?

R. Roland Garros e Wimbledon.

P. Algum motivo especial?

R. Porque em Paris ganhei na categoria júnior e no caso de Wimbledon pelo prestígio que isso dá. Qualquer jovem gostaria de vencer na grama de Londres.

Quando criança, comecei vencendo Roland Garros e Wimbledon

P. Você contratou Patrick Mouratoglou de volta como técnico. Você pode dizer que eles são amigos?

R. Sim, passamos bons momentos juntos e somos amigos. Nos conhecemos muito e é bom para mim ter me juntado a ele novamente.

P. Muitos fãs se perguntam como é Holger Rune fora das pistas, longe das competições oficiais.

R. Sou um menino muito calmo e bastante normal.

P. Você acabou de dizer que ele está calmo, mas em quadra ele mostra um caráter muito forte.

R. Mostro minhas emoções jogando tênis porque sou apaixonado por jogar esse jogo. É como quando você dá um doce para uma criança, ela começa a sorrir, a gritar… Sinto esse nível de excitação quando entro numa quadra de tênis.

P. Quais são seus hobbies fora do circuito ATP?

R. Adoro assistir esportes, principalmente futebol e basquete. Passar um tempo com a família e amigos quando estou na Dinamarca.

P. Qual é o seu time de futebol?

R. Cidade de Manchester. Adoro a Premier League e Haaland, que é escandinavo como eu, joga lá. Ele é uma grande inspiração para mim.

Meu time de futebol é o City, tem o Haaland, que é escandinavo e uma grande inspiração para mim

P. Na Dinamarca, a figura de Caroline Wozniacki surgiu no início do século XXI. Qual a importância do tênis em seu pequeno país?

R. O hobby está crescendo e há cada vez mais crianças que brincam e isso me deixa feliz, que haja jovens que se interessem por mim.

P. As pessoas reconhecem você quando você anda na rua?

R. Sim, eles sabem quem eu sou, mas não pressionam, são muito respeitosos. Quando vou a qualquer clube de tênis tem muita criança assistindo meu treino e é uma sensação muito gostosa.

P. Você gostaria de realizar um torneio ATP na Dinamarca?

R. Adoraria jogar diante dos meus compatriotas, mas do jeito que a federação está, não é possível neste momento.

P. Vocês farão uma exibição com Wozniacki como casal contra Gael Monfils e Elina Svitolina.

R. Sim, e estou muito ansioso porque não jogo em casa desde a Copa Davis. Jogamos em um pavilhão muito grande e vai ficar tudo bem.

P. Você acha que está muito longe de vencer seu primeiro major?

R. Não creio que esteja longe de ganhar meu primeiro título de ‘Grand Slam’. Pode ser aqui em Paris, no próximo ou no outro. Sinto que estou pronto, mas tenho que dar tudo em quadra.

P. No ano passado você teve muitos problemas nas costas. Você está fisicamente cem por cento?

R. Agora tenho uma ótima fisioterapeuta que está me ajudando muito. Todos nós temos pequenos problemas de vez em quando, mas nenhum ferimento grave.

P. Você se reconhece como supersticioso?

R. Não é que eu seja supersticioso, mas tenho algumas rotinas que sigo. Sempre uso o mesmo chuveiro aqui, mas é porque tenho ele ao lado do meu armário. Eu quico a bola o mesmo número de vezes…

P. Você tem tempo para visitar Paris?

R. Conheço a cidade porque vim várias vezes quando criança, mas claro que gosto de explorar um pouco e me desligar da rotina do hotel para o clube e do clube para o hotel.



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