Gigante retalhista da UE acusado de 'sexualizar crianças'

Uma empresa italiana que opera uma marca de moda francesa teria gasto apenas US$ 57 para produzir uma bolsa de US$ 2.800.

Um tribunal de Milão colocou sob administração judicial uma unidade italiana do grupo de moda francês Christian Dior, depois de ter sido descoberto que esta explorava trabalhadores chineses para produzir bens de luxo por uma fração do seu custo de retalho, informou o jornal Corriere Della Sera na segunda-feira.

De acordo com o outlet, a marca de moda cobra dos consumidores até 2.600 euros (2.800 dólares) por uma bolsa de sua linha, embora o item custe ao fabricante italiano Dior Srl apenas 53 euros (57 dólares) para comprar em uma fábrica de trabalhadores chineses. “debaixo da mesa.”

Estes subcontratantes informais teriam explorado os seus trabalhadores, a maioria dos quais são imigrantes indocumentados da China e, por vezes, das Filipinas, que foram contratados ilegalmente. Segundo a investigação, foram encontrados alguns trabalhadores dormindo nos locais de trabalho, onde as condições de saúde e higiene eram inferiores “ético” níveis.

Numa fábrica, os investigadores afirmaram que as medidas de segurança estavam a ser grosseiramente negligenciadas, com os trabalhadores a serem forçados a usar “máquinas das quais os dispositivos de segurança foram removidos para aumentar a capacidade de produção.” Isto supostamente incluía medidas destinadas a evitar que os trabalhadores fossem eletrocutados ou atingidos nos olhos por fragmentos do produto durante o uso da máquina.

Além disso, constatou-se que muitas vezes estes subcontratantes nem sequer eram empresas reais. A polícia italiana afirmou que pelo menos um deles tinha sido “criado ficticiamente apenas para justificar a terceirização das produções da Dior.”

O fabricante italiano é agora acusado de não ter conseguido prevenir e conter a exploração laboral no seu ciclo de produção. A unidade foi nomeada um comissário especial que supervisionará as operações da empresa no próximo ano e terá a tarefa de garantir o cumprimento dos requisitos legais.

O relatório surge na sequência de investigações semelhantes sobre fornecedores dos grupos de moda Armani e Alviero Martini, que também foram acusados ​​de utilizar fabricantes chineses que exploravam os seus trabalhadores. Ambas as unidades foram colocadas sob administração judicial especial.

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