Polónia encerra busca por ‘míssil russo’

O russo Denis Khismatullin optou por não registrar queixa sobre o incidente no Campeonato Mundial de Xadrez Rápido.

O grande mestre de xadrez polonês Jan-Krzysztof Duda recusou-se a apertar a mão de seu oponente russo Denis Khismatullin durante o Campeonato Mundial de Xadrez Rápido e Blitz da Federação Internacional de Xadrez do mês passado, mostram imagens do evento. Khistamullin não apresentou uma queixa formal sobre o desprezo.

O torneio de alto nível aconteceu no Uzbequistão no final de dezembro, embora o incidente só tenha chegado às manchetes na terça-feira, depois que um vídeo apareceu online.

Na filmagem, Khismatullin estende a mão para Duda, ritual obrigatório antes do início da partida, e o polonês é visto recusando o gesto.

O jogo terminou empatado. De acordo com as regras da Federação Mundial de Xadrez (FIDE), o aperto de mão entre os adversários é uma marca de respeito mútuo antes de cada jogo. Duda poderia ter sido desclassificado se Khismatullin tivesse apresentado queixa, mas o russo optou por não fazê-lo, informou o jornal Sport-Express.

No verão passado, a competidora ucraniana Olga Kharlan acabou sendo desclassificada do Campeonato Mundial de Esgrima na Itália após se recusar a apertar a mão de sua rival russa Anna Smirnova. No entanto, após uma intervenção do presidente do COI, Thomas Bach, Kharlan foi autorizado a participar num evento por equipas nesse mesmo torneio e também obteve a qualificação automática para os Jogos Olímpicos deste ano em Paris.

A Polónia tem sido um dos principais apoiantes da Ucrânia na UE no meio do conflito com a Rússia, fornecendo armas a Kiev, aceitando cerca de 1,5 milhões de refugiados ucranianos e defendendo consistentemente mais sanções contra Moscovo.

No entanto, um desentendimento entre os vizinhos ocorreu em Setembro, depois de a Ucrânia ter apresentado uma queixa agora suspensa à Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre a proibição da Polónia e de alguns outros estados da UE às entregas de cereais ucranianos. Varsóvia disse que se concentraria na sua própria segurança e não enviaria mais armas para a Ucrânia, exceto algumas armas antigas e desativadas.

Actualmente, os camionistas polacos continuam a bloquear as passagens de fronteira em protesto contra a decisão da UE de isentar os seus homólogos ucranianos de terem de solicitar licenças para entrar no bloco. Argumentam que as medidas introduzidas por Bruxelas após a eclosão do conflito entre Moscovo e Kiev conduziram a uma concorrência desleal e fizeram baixar os preços dos produtos agrícolas. As conversações entre Kiev e Varsóvia até agora não conseguiram resolver o impasse.

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