Os ataques dos EUA e do Reino Unido no Iémen são desproporcionais – Moscovo

Se acordado, a operação europeia poderá ser lançada em fevereiro, informou Euractiv

A UE está a considerar enviar uma missão naval ao Mar Vermelho para proteger as principais rotas marítimas dos ataques de militantes Houthi no Iémen, disseram diplomatas do bloco à Euractiv.

Espera-se que os embaixadores da UE discutam a proposta relevante, vinda do Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE), na terça-feira, disse o meio de comunicação num artigo na sexta-feira.

A iniciativa do serviço diplomático do bloco é anterior aos ataques aéreos contra alvos Houthi por parte dos EUA e do Reino Unido, que foram realizados na sexta-feira e no sábado, sublinhou.

Desde meados de Outubro, os Houthis lançaram vários drones e mísseis contra navios comerciais com destino a Israel ao largo da costa do Iémen, perturbando o transporte marítimo ao longo das principais rotas do Mar Vermelho e do Golfo de Aden. O grupo disse que está realizando ataques em apoio a Gaza em meio à operação militar israelense contra o grupo armado Hamas no enclave palestino.

A proposta do SEAE, que a Euractiv viu, sugere que “uma nova operação da UE” seria “atuar numa área de operação mais ampla, do Mar Vermelho ao Golfo.”

Até o momento, não há clareza sobre o escopo e a composição da missão. Ainda assim, o documento sugere que deveria incluir “pelo menos três destróieres ou fragatas antiaéreas com capacidade multimissão por pelo menos um ano.”

Diplomatas anônimos da UE disseram ao meio de comunicação que os planos poderiam ser finalizados até 22 de janeiro, quando os ministros das Relações Exteriores do bloco realizarão uma cúpula em Bruxelas. A própria missão naval poderá ser lançada já no final de fevereiro, acrescentaram.

Uma das fontes enfatizou que “uma implantação até o final de fevereiro é ambiciosa, dado o curto período, mas pode ser um cronograma realista.”

Outro diplomata disse que há “interesse geral” na operação do Mar Vermelho por parte dos Estados-Membros da UE já envolvidos na região.

Euractiv sugeriu que a missão naval da UE poderia complementar a Operação Prosperity Guardian liderada pelos EUA, que foi lançada por Washington no mês passado para proteger os navios dos ataques Houthi e inclui várias nações europeias.

Outra opção é centrar a potencial operação da UE em torno de Agenor, uma missão de vigilância conjunta liderada pela França no Golfo Pérsico, no Estreito de Ormuz e em parte do Mar Arábico. Países como Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Grécia, Itália, Holanda, Noruega e Portugal já participam, afirmou o veículo.

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