Hoje marca 100 dias desde que Israel iniciou o seu ataque a Gaza.
Nesse período, o número de mortos entre os palestinianos que vivem em Gaza aumentou para quase 24 mil, à medida que Israel lançava mais de 65 mil toneladas de bombas no enclave sitiado e na sua população de 2,3 milhões de pessoas presas em menos de 400 quilómetros quadrados.
O ataque de Israel a Gaza começou em 7 de Outubro, em resposta a um ataque de combatentes armados das Brigadas Qassam, o braço armado do Hamas e de outros grupos palestinianos. Cerca de 1.140 pessoas morreram durante o ataque e cerca de 240 foram levadas para Gaza como cativas.
Em retaliação, Israel iniciou uma cruel campanha de bombardeamentos e reforçou o que já era um cerco esmagador que Gaza tem estado desde 2007.
“Estamos a lutar contra animais humanos”, disse o Ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, em 9 de Outubro, anunciando que alimentos, água, combustível, medicamentos, tudo, não seriam permitidos em Gaza.
Desde então, desafiando condenações e apelos de organizações internacionais e grupos de direitos humanos, Israel continuou uma campanha indiscriminada que semeou o terror entre a população de Gaza, matou famílias inteiras de várias gerações e destruiu enormes extensões de terras urbanas e rurais.
Israel é agora acusado pela África do Sul de cometer genocídio em Gaza no Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) em Haia, na Holanda.
Falando no sábado, após apresentações de ambos os lados na CIJ, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse: “Ninguém nos impedirá, nem Haia, nem o eixo do mal e nem ninguém”. O Irão e os seus grupos aliados.
Alternando entre alegações de que este nível de matança e destruição é de alguma forma justificado em nome da autodefesa e declarações de que está a fazer tudo o que está ao seu alcance para evitar baixas civis, Israel tem-se muitas vezes afastado das suas declarações sobre os diferentes aspectos desta guerra em Gaza. .
