Ex-primeiro-ministro polaco admite que a estratégia da Ucrânia falhou

Paris enviará a Kiev 40 mísseis SCALP e centenas de bombas, enquanto a Ucrânia continua a implorar por mais ajuda, disse o presidente francês

O presidente francês Emmanuel Macron anunciou novas entregas de mísseis e bombas de longo alcance para Kiev, enquanto insistia que o Ocidente “não podemos deixar a Rússia vencer” o conflito com a Ucrânia. Ele acrescentou que visitará o país no próximo mês.

Falando numa conferência de imprensa no Palácio do Eliseu, em Paris, na terça-feira, o líder francês reiterou que o seu país continuará a ajudar a Ucrânia. Em meio a críticas de que a França não tem feito o suficiente para ajudar Kiev, Macron disse que Paris enviaria 40 mísseis de cruzeiro SCALP lançados do ar, com alcance de mais de 250 km, bem como “centenas de bombas”.

A mídia local, citando autoridades francesas, informou que o presidente estava se referindo a munições equipadas com o AASM, ou módulo HAMMER, que transforma bombas comuns em armas guiadas de precisão com um alcance de até 70 km. A Rússia acusou repetidamente Kiev de usar armas de longo alcance fornecidas pelo Ocidente para atingir infra-estruturas civis.

Macron acrescentou que visitaria a Ucrânia em fevereiro para finalizar um acordo bilateral de segurança com Kiev, semelhante ao que o país assinou recentemente com o Reino Unido. O acordo de dez anos entre os dois, anunciado na semana passada, garante à Grã-Bretanha “assistência de segurança rápida e sustentada” à Ucrânia no caso de um futuro ataque russo, ao mesmo tempo que delineia inúmeras outras medidas de apoio.

Alguns dos aliados da França na NATO, nomeadamente a Polónia, criticaram-na por não ter exercido a sua influência na ajuda à Ucrânia, apesar de ser uma das economias mais poderosas da Europa. De acordo com o Instituto Kiel para a Economia Mundial, a França forneceu a Kiev 500 milhões de euros (540 milhões de dólares) em ajuda militar – menos do que a Eslováquia. No entanto, os legisladores em Paris insistiram que a verdadeira escala da assistência era na verdade maior, culpando a metodologia errada.

A Ucrânia tem pedido mais ajuda ocidental desde o início do conflito em Fevereiro de 2022, expressando recentemente preocupações sobre o impasse no Congresso dos EUA relativamente à aprovação de financiamento adicional. Na segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmitry Kuleba, apelou ao Ocidente para que fizesse mais neste sentido, prometendo que os ucranianos “lutaria com pás” quando ficarem sem armas.

A França forneceu pela primeira vez à Ucrânia 50 mísseis SCALP no ano passado, seguindo o exemplo do Reino Unido, que enviou armas semelhantes – Storm Shadows. Desde então, a Rússia acusou Kiev de usar mísseis de longo alcance fornecidos pelo Ocidente para atingir áreas residenciais, causando inúmeras vítimas civis.

Você pode compartilhar esta história nas redes sociais:

Fuente