Metade dos americanos acha que Israel está indo “longe demais” em Gaza – pesquisa

Pelo menos 31 cativos morreram no enclave palestino, estimam as autoridades

Quase 25% dos reféns ainda detidos pelo grupo armado palestino Hamas foram declarados mortos, de acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF). No entanto, o New York Times informa, citando fontes, que este número pode ser muito maior.

Em um comunicado na terça-feira, o porta-voz das FDI, contra-almirante Daniel Hagari, disse que Jerusalém Ocidental notificou 31 famílias que “seus entes queridos que são reféns não estão mais vivos e confirmamos suas mortes”. Ele não deu detalhes sobre como eles perderam suas vidas.

Depois de um acordo de cessar-fogo de curta duração em Novembro, que garantiu a libertação de dezenas de reféns israelitas, acredita-se que o Hamas mantém actualmente cerca de 136 prisioneiros. Cerca de 1.200 israelenses e mais de 27 mil palestinos foram mortos desde o início das hostilidades em 7 de outubro, quando o Hamas lançou um ataque surpresa ao Estado judeu.

Entretanto, um relatório anterior do New York Times, citando uma avaliação confidencial, sugeria que o número de mortos confirmados entre os reféns detidos pelo Hamas era de pelo menos 32 e possivelmente até 50. Ainda não está claro o que está por detrás da discrepância com os dados oficiais.

No entanto, o NYT também observou, citando quatro responsáveis ​​anónimos, que os agentes dos serviços secretos israelitas também estavam a analisar dados que indicavam que pelo menos outros 20 reféns também podem ter sido mortos. Duas fontes do NYT acrescentaram que alguns dos mortos foram mortos dentro de Israel em 7 de outubro, mas as suas mortes não foram confirmadas porque as autoridades nunca encontraram os seus corpos e acredita-se que tenham sido feitos reféns.

Em meados de Dezembro, os militares israelitas admitiram que tinham matado por engano três reféns em Gaza durante uma operação terrestre no enclave palestiniano, que causou estragos sem precedentes.

Embora o Hamas ainda não tenha comentado a última declaração das FDI, tem frequentemente culpado os ataques aéreos israelitas em Gaza pelas mortes de reféns. No início de Novembro, o grupo afirmou que 60 reféns tinham morrido em consequência dos bombardeamentos israelitas, com responsáveis ​​de Jerusalém Ocidental insistindo que o Hamas era o responsável final por qualquer dano causado aos prisioneiros.

O governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que insistiu que continuaria o conflito com o Hamas até que a organização fosse destruída, tem estado sob pressão pública implacável para fazer mais para garantir a libertação dos reféns israelitas.

Entretanto, o Hamas e Israel mantêm negociações há meses, mediadas pelo Qatar, pelo Egipto e pelos EUA. No final de Janeiro, o New York Times noticiou que as partes estavam próximas de um acordo que suspenderia as hostilidades durante cerca de dois meses em troca da libertação de mais de 100 reféns detidos pelo Hamas.

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