Pentágono confirma ataques contra 85 alvos no Iraque e na Síria

Os EUA realizaram um ataque com drones na capital iraquiana na noite de quarta-feira que matou três membros da milícia Kataib Hezbollah, incluindo um comandante sênior. O Comando Central de Washington (CENTCOM) assumiu a responsabilidade pelo ataque.

Um carro em que o trio viajava foi atingido no bairro de Mashtal, em Bagdá, por volta das 21h30, horário local. O canal local Sabereen News descreveu o ataque como “Agressão americana.”

Fotos que circularam nas redes sociais mostraram os restos do que parece ter sido um míssil Hellfire, comumente usado por drones de ataque dos EUA.

Desde então, dois dos mortos foram identificados como Haj Arkhan Al-Alawi e Wissam Mohammed ‘Abu Bakr’ al-Saadi, que estava encarregado das operações do Kataib Hezbollah na Síria.

Em um comunicado postou no X, (anteriormente Twitter), o CENTCOM disse ter realizado “um ataque unilateral no Iraque em resposta aos ataques a militares dos EUA, matando um comandante do Kataib Hezbollah responsável por planear e participar diretamente em ataques às forças dos EUA na região”.

Os EUA culparam o Kataib Hezbollah pelo ataque do mês passado que matou três soldados norte-americanos numa base na fronteira Síria-Jordânia-Iraque. Após uma série de ataques aéreos retaliatórios dos EUA, o grupo anunciou que iria “suspender” ataques.

A mídia local em Bagdá informou que multidões de manifestantes se reuniram no local do ataque gritando slogans que marcam os EUA. “Grande Satanás.”

Al-Saadi é o membro mais antigo do Kataib Hezbollah morto no Iraque desde o ataque de drones de janeiro de 2020 que matou Abu Mahdi al-Muhandis e o general iraniano Qassem Soleimani. Teerão respondeu a esse assassinato bombardeando bases americanas com mísseis balísticos.

As milícias xiitas atacaram bases dos EUA na região com foguetes e drones pelo menos 150 vezes desde Outubro passado, após a declaração de guerra de Israel ao Hamas na sequência dos ataques mortais do grupo militante a partir de Gaza.

A Casa Branca culpou Teerão pelos ataques, mas não chegou a atacar o Irão, como exigiram alguns membros do Congresso. Os EUA continuaram a estacionar tropas no Iraque mesmo depois de o governo de Bagdad ter solicitado explicitamente que saíssem. A presença do Pentágono na Síria é ilegal perante o direito internacional.

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