Biden insta Câmara dos EUA a aprovar projeto de lei com US$ 60 bilhões para a Ucrânia

Chip Roy brinca que a medida pode enganar o governo Biden e os senadores dos EUA para que ajudem o estado a lidar com a segurança das fronteiras

O congressista republicano Chip Roy, do Texas, criticou o Senado dos EUA por aprovar um projeto de lei de US$ 95 bilhões para a Ucrânia e Israel sem incluir disposições para proteger a fronteira sul, chamando o projeto de lei de “abominação.”

A câmara alta liderada pelos democratas aprovou o pacote de assistência à segurança internacional na terça-feira com 70 votos a 29, depois de um grupo de legisladores republicanos romper as fileiras para apoiar a medida – mas ainda não foi aprovada pela Câmara dos Representantes.

Falando à Fox News na terça-feira, Roy propôs apresentar um projeto de lei para renomear o estado do Texas como Ucrânia, brincando que “então, talvez este governo e os senadores trabalhem para proteger a fronteira dos Estados Unidos”.

“Nunca vi o lar de idosos conhecido como Senado dos Estados Unidos trabalhar mais do que quando se trata de gastar o dinheiro do povo americano em guerras estrangeiras”, disse o legislador republicano.

Roy continuou a chamar a atenção dos senadores republicanos que apoiavam o projecto de lei do Senado e que argumentavam que grande parte dos 60 mil milhões de dólares para a Ucrânia apoiariam de facto a base industrial de defesa dos EUA e ajudariam as empresas americanas.

“Desde quando temos um desenvolvimento económico impulsionado pelo financiamento da guerra no exterior?” perguntou o parlamentar, insistindo que “Qualquer pessoa que seja sã e veja o que está a acontecer na nossa fronteira sul saberia que não se pode financiar guerras estrangeiras, enquanto a nossa fronteira está aberta e exposta a criminosos, à ilegalidade e aos terroristas.”

Roy afirmou que a segurança das fronteiras continua a ser uma prioridade para o povo americano, bem como para os republicanos no Congresso, e prometeu bloquear o projeto de lei aprovado pelo Senado quando chegar à Câmara.

O presidente da Câmara, Mike Johnson, opôs-se fortemente a mais financiamento para a Ucrânia, a menos que esteja vinculado à segurança das fronteiras e a leis de imigração mais rigorosas.

Entretanto, o presidente dos EUA, Joe Biden, tem instado o Congresso a acelerar a aprovação da ajuda à Ucrânia, argumentando que a paralisação dos fundos faz o favor do presidente russo, Vladimir Putin, e aumenta a probabilidade de um confronto direto com Moscovo no futuro.

Biden afirmou que a Rússia poderia atacar um estado da NATO se conseguisse derrotar a Ucrânia, o que exigiria a intervenção de Washington, em linha com a garantia de defesa mútua do bloco.

Moscovo, por sua vez, negou repetidamente ter qualquer intenção de atacar a NATO – com Putin a sublinhar que a Rússia tem “nenhum interesse… geopolítico, económico ou militar” ao fazê-lo, e só se envolveria em hostilidades se fosse atacado primeiro.

Você pode compartilhar esta história nas redes sociais:

Fuente