Alec Baldwin Ferrugem

O julgamento por homicídio culposo da armeira de “Rust” Hannah Gutierrez-Reed começou quinta-feira no Novo México com declarações iniciais perante um júri de Santa Fé que determinará se o jovem de 24 anos é responsável pela morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins em 2021.

O promotor Jason Lewis afirmou que a conduta “pouco profissional e desleixada” de Gutierrez-Reed foi um fator contribuinte, dizendo que seu “não cumprimento dos protocolos de segurança contribuiu diretamente para a perda de Halyna Hutchins”, de acordo com vários relatos da mídia.

Lewis disse que Gutierrez-Reed falhou duas vezes em verificar adequadamente a munição carregada na réplica Colt .45 empunhada naquele dia de outubro por Alec Baldwin, que é deverá também ser julgado ainda neste verão em acusações separadas de homicídio culposo.

“A ré tratou os protocolos de segurança como se fossem opcionais, e não como se a vida das pessoas dependesse de que ela fizesse seu trabalho corretamente”, disse Lewis, acrescentando mais tarde: “Pretendemos chamar várias testemunhas para prestar depoimento de que ela regularmente falhou em realizar adequadamente seus deveres como armeira.”

Gutierrez-Reed enfrenta acusações de homicídio culposo e adulteração de provas, com pena potencial de prisão de até três anos.

Durante sua vez, o advogado de defesa de Gutierrez-Reed, Jason Bowles, colocou a culpa em Baldwin, o produtor e estrela do filme de faroeste de baixo orçamento. Foi Baldwin, argumentou ele, quem “realmente controlou o cenário”.

“Eles estão tentando culpar Hannah”, disse Bowles, “porque ela é um alvo fácil – a pessoa menos poderosa naquele set”.

O julgamento, que deverá durar pelo menos duas semanas, contará com testemunhas importantes, incluindo Joel Souza, o diretor do filme que também ficou ferido no tiroteio, e David Halls, o primeiro assistente de direção.

Bowles enfatizou a experiência limitada de Gutierrez-Reed e as demandas impostas a ela durante a produção, enfatizando questões mais amplas de segurança e gerenciamento trazidas à tona antes mesmo da morte de Hutchins. Ele chamou seu cliente de “bode expiatório”, afirmando que o disparo acidental não implica necessariamente intenção criminosa.

A promotoria argumentou que Gutierrez-Reed estava conscientemente em posse de munições reais, além das munições falsas usadas durante a produção. Bowles respondeu dizendo que “você não pode distinguir uma rodada viva de um manequim por uma imagem”.

Ele também argumentou que Gutierrez-Reed foi alvo injusto depois de recusar um acordo judicial, dizendo que sua recusa em não aceitar se baseava em princípios de verdade e justiça, e não em uma tentativa de fugir da responsabilidade.

“EM. Gutierrez-Reed manteve sua inocência desde o início”, disse Bowles. “Ela se recusou a aceitar um acordo judicial porque acredita em sua inocência e está determinada a limpar seu nome.”

Bowles enfatizou que Gutierrez-Reed recebeu treinamento e orientação completos de seu pai, um estimado armeiro de Hollywood, ressaltando seu compromisso com a segurança no set.

Os advogados estaduais não levantaram alegações de que Gutierrez-Reed estava de ressaca ou de uso de maconha no set, que foram levantadas em processos pré-julgamento. No entanto, essas questões podem surgir mais tarde no julgamento.

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