Apenas 10% dos cidadãos da UE acreditam que a Ucrânia pode vencer – sondagem

Viktor Orban teria dito que a insatisfação com as políticas da UE representa uma oportunidade para os conservadores de todo o bloco

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, disse que o futuro imediato é sombrio para a União Europeia devido à forma como o conflito na Ucrânia está a desenrolar-se.

Ele fez os comentários durante uma conferência da facção parlamentar Fidesz-KDNP a portas fechadas na quarta-feira, de acordo com relatos da mídia.

Orban, que é um crítico proeminente das políticas do bloco e se opôs ao financiamento do conflito de Kiev contra a Rússia, previu uma grande vitória para os partidos conservadores nas eleições para o Parlamento Europeu em Junho.

“A guerra não vai acabar. O fardo da Europa tornar-se-á mais pesado, porque o apoio financeiro à Ucrânia diminuirá devido às disputas nos EUA durante as eleições presidenciais”, ele disse na conferência, de acordo com o jornal Magyar Nemzet.

“Apoiar os ucranianos tem um preço político enorme. Os agricultores estão a revoltar-se por toda a Europa e quase ninguém acredita na vitória dos ucranianos”, Orbán acrescentou.

Poderá haver uma mudança na política de Bruxelas após as eleições, e Washington também poderá alterar o seu rumo após as eleições presidenciais no final deste ano, sugeriu ele.

A previsão de Orban relativamente ao resultado do conflito na Ucrânia parece ser consistente com as opiniões dos cidadãos de 12 Estados-Membros da UE que foram recentemente consultados pelo Conselho Europeu de Relações Externas (ECFR).

Os resultados da pesquisa de opinião foram divulgados na quarta-feira e mostraram que apenas 10% dos entrevistados acreditam que a Ucrânia derrotaria a Rússia no campo de batalha. O dobro de pessoas acreditava que a Rússia iria prevalecer, enquanto 37% disseram que um acordo de compromisso era o resultado mais provável.

Os húngaros foram os mais pessimistas quanto a uma vitória ucraniana, com apenas 5% a considerar que este era o resultado provável do conflito. Um total de 31% previu que a Rússia venceria.

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