Ramos só precisou pedir as chaves para fechar o estádio

Sergio Ramos de volta a Bernabéu como chefe, como se nunca tivesse saído. Bastou pedir a Mejía Dávila as chaves do estádio para trancá-lo quando saísse. Ficou claro na homenagem a Topúria, em que teve mais iniciativa no abraço e no convite para ir ao pontapé inicial do que o capitão local, Nacho, de quem já havia roubado o campo no sorteio. Nem Madrid, nem Sevilha. O Líder FC é a autêntica equipa de Ramos, que marcou um grande jogo no regresso a casa. Aos 93 minutos, com o resultado em 1-0, e uma falta lateral para o Sevilha… o Bernabéu tremeu. Talvez ele merecesse mais amor, uma homenagem maior.

O verdadeiro barulho, porém, não foi causado pelo lutador do UFC ou pelo capitão do Sevilla, mas sim pelos árbitros da partida. Díaz de Mera em campo e González Fuertes no VAR perturbaram até quem nunca perde o bom humor. As reações de Kroos e Ancelotti com as decisões da arbitragem mostram duas coisas: que os profissionais não entendem muitas das decisões da arbitragem e que o clima hostil que a RMTV promove começa a permear o vestiário. O quarto árbitro, Fernandez Buergodeixou o Madrid muito mais feliz que o árbitro titular.

O Bernabéu não respirou tranquilo até que o Real Madrid recuperou a diferença de oito pontos, mas a incerteza com o resultado de 0-0 deixou uma leitura clara: com o Barça ainda a ter de visitar o Bernabéu, a LaLiga ainda não está condenada. E menos em fevereiro.

Valverde tocou no gol

Com Tchoauméni no centro da área, Valverde finalmente caiu e voltou a olhar para a área rival. E Madrid percebeu isso. O uruguaio, um dos artilheiros da temporada passada, esteve perto do 1 a 0 em duas ocasiões. Primeiro com um míssil que Nyland salvou com uma mão espetacular. Depois, com uma chegada por trás que terminou com um chute que acertou a trave. O Fede do ano passado estava no auge.

Lunin continua fazendo seu trabalho

O ucraniano continua a fazer uma excelente temporada. Sem fazer barulho, toda semana ele faz duas ou três paradas que salvam o time. Contra o Sevilla foi providencial ao defender Isaac Romero com o joelho. Um gol que não veio por conta do milagre de um goleiro que cresce com confiança a cada semana.

Ancelotti tentou de tudo… e acertou

Ancelotti acertou em cheio nas mudanças e venceu a partida. A equipa branca não conseguiu encontrar o caminho para o golo e fez entrar Luka Modric, que desbloqueou o jogo com genialidade, porque nunca perderá o seu talento. Mas o treinador italiano foi corajoso com a mudança, retirando um defesa-central (Nacho) para colocar o croata, que se juntou a Kroos para dar mais ritmo ao jogo ofensivo do Real Madrid. Quem se atreve a dizer que não podem brincar juntos! Com as mudanças, Tchouaméni voltou ao centro da defesa, posição em que o francês jogará mais do que deseja. Ao mesmo tempo…

O aniversário de Güler não foi completo

Ele estava pronto para entrar em campo, com o placar de 0 a 0, faltando 12 minutos para o final… O cenário ideal para Güler em seu aniversário de 19 anos. Mas Modric chegou e inventou um golaço que deu a vitória ao Real Madrid, mas deixou o jovem turco afundado. Ancelotti, com a vitória no bolso, mudou os planos e anulou o campo. E Güler, que se considerava o herói do jogo, ficou sem minutos para mais um jogo. Tendo acabado de completar 19 anos, ele deve ser paciente.

Rey Modric

O golo de Modric não surpreende, porque já marcou alguns como este no Real Madrid. O seu remate contra o Sevilha foi uma cópia daquele em Old Trafford, por exemplo, o golo que o fez decolar em 2013. O melhor do golo de Luka não esteve, portanto, no remate, mas na celebração, na alegria do seu companheiros de equipa, que elevaram Modric aos céus do Bernabéu para torná-lo o herói claro de um jogo que começava a parecer feio para os brancos. Existem poucos jogadores mais queridos do que Luka em Madrid. E poucos jogadores merecem tanto uma homenagem contínua como o croata, que, salvo surpresa, ainda tem três meses de branco.



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