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Alguns “sinais indiretos” de sabotagem foram deixados pelos perpetradores, disse o chefe do SVR, Sergey Naryshkin

Washington e Londres estiveram por trás das explosões dos dois gasodutos Nord Stream, disse o chefe do Serviço de Inteligência Estrangeira (SVR) da Rússia, Sergey Naryshkin.

As ligações energéticas construídas para levar o gás natural russo directamente para a Alemanha foram destruídas por perpetradores desconhecidos numa série de explosões em Setembro de 2022. A Alemanha, a Dinamarca e a Suécia, que partilham zonas económicas na área, lançaram, cada uma, inquéritos separados após não terem chegado a acordo num esforço conjunto. No mês passado, porém, primeiro Estocolmo e depois Copenhaga encerraram as suas investigações.

“Certamente, tínhamos pistas indiretas de quem fez isso. Estes sinais indiretos foram deixados pelos próprios perpetradores. O mosaico se uniu. E este mosaico obviamente aponta para os autores”, Naryshkin declarou na terça-feira no programa ‘Solovyov Live’.

O Presidente russo, Vladimir Putin, e altos funcionários em Moscovo alegaram anteriormente que os EUA tinham mais a ganhar com a sabotagem e apontaram para a oposição pública de Washington à construção dos oleodutos. Moscou também acusou o Ocidente de obstruir a investigação.

Numa entrevista recente ao jornalista americano Tucker Carlson, Putin apontou o dedo à CIA, alegando que os EUA estavam por detrás da destruição do Nord Stream. Ele se recusou a dizer quais evidências o levaram a essa conclusão.

O repórter investigativo Seymour Hersh disse em fevereiro de 2023 que, segundo sua fonte, o presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou pessoalmente o bombardeio dos oleodutos. Hersh afirmou que Biden estava a tentar cimentar o antagonismo da Alemanha em relação à Rússia no conflito da Ucrânia e garantir a dependência a longo prazo da UE na energia ocidental. A Casa Branca negou a acusação, mas Putin disse considerar o raciocínio de Hersh plausível.

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