Os 'hispânicos' não revelam nada e terminam triunfantes no Pré-Olímpico

A seleção espanhola de handebol lutou no Pré-Olímpico até o último minuto e com honestidade. Ele não estava fazendo nada em sua partida contra Brasil, que disputava a qualificação olímpicamas cerrou os dentes e avançou quando o rival ameaçou sua vitória (28-26). Esse resultado coloca a Eslovênia nos Jogos.

Os jogadores eslovenos agradeceram aos ‘hispanos’ no túnel dos balneários do Palau d’esports de Granollers. Suas camisas não chegavam ao pescoço quando Brasil, voltando, empatou aos 26 faltando dois minutos para o final e ameaçou roubar-lhes a passagem para Paris. Mas os espanhóis não disseram a última palavra e realizaram um jogo difícil de disputar nas suas circunstâncias, sem aquela pressão que aumentou exponencialmente o seu desempenho no dia da Eslovénia. Nada menos se esperava deles.

Toda a confiabilidade que demonstraram nas duas partidas anteriores deste Pré-Olímpico foi bastante reduzida desta vez. Aos 20 minutos a Espanha somou tantas derrotas quanto os dois jogos contra Bahrein e Eslovênia. Las As diferenças mínimas no placar nesse período foram estabelecidas por Corrales no gol, com oito defesas. Não importa quem ocupa o quadro da Espanha em um determinado momento; o desempenho é garantido, em condições normais. Como afirmou seu companheiro de equipe Pérez de Vargas na véspera no MARCA, a da Croácia no Campeonato Europeu foi anedótica.

O dinamismo no jogo ofensivo dos ‘hispanos’ foi reduzido quando Tarrafeta descansou. Por outro lado, os revezamentos no Brasil surtiram efeito e entre o canhoto Lima e o pivô Oliveira levou o time ao empate no intervalo (14-14).

Jordi Ribera entregou o comando de operações a Alex Dujsebaev no segundo tempo e o jogador de Kielce mostrou que pode ser, e é, um diretor de jogo extraordinário. Cada ação sua causou desequilíbrios e seus cinco gols nesse período deram muito oxigênio. Também A defesa aumentou sua intensidade com o trio formado por Guardiola, Morros e Maqueda.

A Espanha fez 23-18, o que pareceu clarear bastante o panorama. Mas duas exclusões quase consecutivas quebraram a sua dinâmica e em menos de cinco minutos O Brasil conseguiu um parcial de 0 a 5 que empatou novamente a 11 do final. Ribera teve que pedir um tempo e isso estancou o sangramento.

Novamente entre Alex e Corrales impulsionaram os ‘hispanos’ e o placar voltou a abrir (26-23). Brasil, favorecido por diversas decisões arbitrais daquele casal imprevisível que são os gêmeos Bonaventura, Ele voltou ao ataque e ficou a um passo do gol (26-26). O técnico espanhol arriscou atacando com sete e As duas últimas posses terminaram nas mãos do capitão Guardiola, autor dos golos da vitória.

O Brasil queria vencer de todas as maneiras. A imagem de Espanha não aceitava uma derrota que inevitavelmente levantaria suspeitas. Não houve nenhum caso. Os ‘hispanos’ cumpriram desportivamente a sua obrigação e saem do Pré-Olímpico com o prestígio reforçado depois do revés que sofreram no recente Campeonato da Europa.

EFE

FICHA DE DADOS

28 – Espanha:Corrales (Pérez de Vargas); Ángel Fernández (1), Solé (7, 4 p), Garciandía (2), Serdio (1), Cañellas (1), Guardiola (3); Maqueda (1), Alex Dujshebaev (5), Morros, Casado (1), Antonio García (1), Tarrafeta (3), Daniel Fernández (2).

26 – Brasil: Rangel Luan (Martins); João Pedro Silva (5), Moraes (1), Hackbarth (4, 1p), Monte (1), Rodrigues (2), Dupoux (3.1p); Torriani (1), Abrahão (1), Thiagus Petrus, Santos, Langaro (2), Lima de Carvalho (2), Oliveira (4).

Marcador a cada cinco minutos: 2-1, 5-4, 8-7, 11-9, 12-10, 14-14; 17-15, 20-16, 23-18, 24-23, 26-24, 28-26.

Árbitros: J. Boaventura e Ch. Boaventura (França). Excluíram Maqueda (duas vezes), Solé e Serdio para a Espanha e Hackbarth e Oliveira (duas vezes) para o Brasil.

Incidências: Jogo do terceiro dia do Pré-olímpico 1. Pavilhão esportivo Granollers, 5.000 espectadores.



Fuente