Coreia do Norte condena últimos exercícios EUA-Coreia do Sul

O teste relatado ocorre depois que Pyongyang denunciou os últimos exercícios conjuntos realizados pelos EUA e pela Coreia do Sul.

A Coreia do Norte disparou vários mísseis balísticos de curto alcance no Mar do Leste na segunda-feira, informou a agência de notícias Yonhap, citando altos funcionários militares sul-coreanos. Os lançamentos foram realizados quando o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chegou a Seul para uma visita de Estado.

Os testes de mísseis balísticos, os primeiros de Pyongyang em dois meses, foram detectados entre 7h44 e 8h22, horário local, afirmou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS). Os mísseis viajaram cerca de 300 km e pousaram no Mar do Leste (também conhecido como Mar do Japão), acrescentaram.

“A Coreia do Norte disparou pelo menos três mísseis, e suas trajetórias foram semelhantes às do () KN-24”, um alto oficial militar foi citado como tendo dito. O KN-24 é um míssil balístico de combustível sólido com alcance de até 410 km e carga útil estimada de 400-500 kg.

“Condenamos veementemente o último lançamento de míssil da Coreia do Norte, que é uma provocação clara que ameaça seriamente a paz e a estabilidade na Península Coreana”, disse o JCS.

O Ministério da Defesa em Tóquio confirmou o lançamento, dizendo que os três mísseis percorreram cerca de 350 quilómetros antes de aterrarem em águas fora da zona económica exclusiva do Japão, que se estende por 370 quilómetros da costa. O primeiro-ministro Fumio Kishida condenou os testes, acrescentando que o Japão os estava analisando enquanto trabalhava com os EUA e a Coreia do Sul.

Os lançamentos ocorrem depois que a Coreia do Sul e os EUA concluíram exercícios militares conjuntos anuais em grande escala no início deste mês. Os exercícios do Escudo da Liberdade de 11 dias na Península Coreana envolveram alegadamente o dobro do número de tropas em comparação com 2023 e realizaram aproximadamente o dobro do número de exercícios de treino no terreno.

Coreia do Norte classificou os exercícios “irresponsável” e um “nova escalada de ameaças militares”, alegando que estavam se preparando para “uma tentativa de invasão.” No início deste mês, Pyongyang alertou os EUA e a Coreia do Sul para pararem com qualquer “provocativo e desestabilizador” ações, acrescentando que “uma guerra nuclear pode ser desencadeada mesmo com uma única faísca.”

Blinken chegou a Seul na segunda-feira para participar da conferência Cúpula pela Democracia organizada pelo presidente Yoon Suk Yeol. O evento, uma iniciativa do presidente dos EUA, Joe Biden, tem como objetivo discutir formas de impedir o retrocesso democrático e a erosão dos direitos e liberdades em todo o mundo. Espera-se que Blinken se encontre com seu homólogo sul-coreano, o ministro das Relações Exteriores, Cho Tae-yul, durante a visita.

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