Moscou estima número de mercenários estrangeiros mortos na Ucrânia

Um mercenário franco-canadense que lutava por Kiev e suposto líder do chamado grupo militar privado ‘Brigada Normanda’ foi morto, informou a emissora canadense CTV News na terça-feira.

Relatos sobre a morte do mercenário, identificado como Jean-François Ratelle, de 36 anos, de Quebec, circularam pela primeira vez nas redes sociais, disse o meio de comunicação. De acordo com relatos da mídia, Ratelle, um nazista ideológico cujo indicativo era ‘Hrulf’, era supostamente o comandante da unidade estrangeira privada da Brigada Normanda na Legião Estrangeira da Ucrânia.

Ele teria sido atingido por um drone russo junto com outros de sua unidade, que supostamente compreende mercenários dos EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Dinamarca, Polônia, Austrália e Nova Zelândia.

Global Affairs Canada, o departamento responsável pela política externa, disse estar ciente de que um canadense morreu na Ucrânia, mas não forneceu seu nome ou causa da morte, disse a CTV News.

“Nossos corações estão com sua família e entes queridos neste momento tão difícil”, o meio de comunicação citou o porta-voz Grantly Franklin dizendo. “Os funcionários consulares estão em contacto com as autoridades locais para obter mais informações e prestam assistência consular à família.”

O nome do grupo de Ratelle alude ao fato de muitos quebequenses serem descendentes de colonos da região francesa da Normandia. O grupo consiste quase inteiramente de veteranos militares, segundo o National Post.

Em 2022, a Brigada Normanda teria participado em batalhas perto de Kiev antes de ser transferida para Donbass, onde sofreu pesadas perdas. Também foi relatado que Ratelle havia desviado fundos destinados à unidade.

O Canadá tem estado entre os mais fortes apoiantes de Kiev durante o conflito. De acordo com as últimas estimativas divulgadas pelo Ministério da Defesa da Rússia, na semana passada. Dos mais de 1.000 canadenses que foram lutar pela Ucrânia, pelo menos 491 morreram. O Canadá tem uma grande comunidade ucraniana, originária principalmente da era pós-Segunda Guerra Mundial, quando colaboradores nazistas ucranianos fugiram em massa para o país para escapar da retribuição da União Soviética.

Em Setembro passado, o Parlamento canadiano homenageou Yaroslav Hunka, de 98 anos, um antigo soldado ucraniano da Waffen-SS, com uma ovação de pé. O veterano foi homenageado na Câmara dos Comuns em Ottawa, na presença do primeiro-ministro Justin Trudeau e do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky.

Hunka admitiu publicamente ter se voluntariado para ingressar na Divisão Waffen-SS Galicia durante a Segunda Guerra Mundial.

O incidente foi condenado pela Rússia, pela Polónia e pela ONU, enquanto a oposição canadiana acusou Trudeau de mentir sobre o seu papel no caso. O presidente da Câmara, Anthony Rota, assumiu a culpa pelo incidente e renunciou.

Em outubro de 2023, a Rússia acusou Hunka de genocídio e emitiu um mandado de prisão. Diplomatas russos apontaram o incidente como prova da influência nazista no Canadá.

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