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O medicamento para disfunção erétil pode evitar o declínio cognitivo, sugere uma nova pesquisa

O sildenafil, nome genérico do Viagra, pode não apenas tratar a disfunção erétil e a hipertensão arterial pulmonar, mas também prevenir o declínio cognitivo, de acordo com pesquisar publicado pelo Cleveland Clinic Genome Center no início deste mês.

Os autores do estudo, publicado no Journal of Alzheimer’s Disease em 1º de março, descobriram que aqueles que tomaram sildenafil tinham 30% a 54% menos probabilidade de serem diagnosticados com a doença de Alzheimer. Os pesquisadores usaram dados de pacientes do mundo real do banco de dados MarketScan Medicare Supplemental (2012-2017) e do banco de dados Clinformatics (2007-2020) para chegar à conclusão.

A pesquisa concentrou-se naqueles que tomavam sildenafil ou quatro medicamentos comparadores, incluindo bumetanida, furosemida, espironolactona e nifedipina. Os comparadores são medicamentos existentes comercializados ou novos medicamentos em desenvolvimento, incluindo versões placebo. Gênero, idade, raça e doenças concomitantes dos pacientes foram levados em consideração.

O estudo concluiu que o uso de sildenafil estava associado à redução da probabilidade de Alzheimer em relação aos medicamentos de controle. Os resultados também mostraram que a droga ativa genes em neurônios que afetam o crescimento celular, melhora a função cerebral e reduz os riscos de inflamação.

“Usamos inteligência artificial para integrar dados em vários domínios, todos indicando o potencial do sildenafil contra esta doença neurológica devastadora”, disse Feixiong Cheng, diretor do Cleveland Clinic Genome Center, que liderou o estudo.

Conclusões semelhantes sobre o sildenafil foram feitas por pesquisadores da University College London no início deste ano. O estudo, publicado na revista Neurology no mês passado, incluiu quase 270 mil homens que foram diagnosticados com disfunção erétil e não apresentavam problemas cognitivos no início do trabalho de pesquisa. Aqueles que tomaram os medicamentos tiveram 18% menos probabilidade de desenvolver a doença causadora de demência.

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