Ataque terrorista em Moscou pode estar ligado à Ucrânia – Putin

Não há evidências de que o governo ucraniano esteja envolvido no massacre de Crocus City, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, a repórteres na segunda-feira.

Mais de 130 pessoas foram mortas no local de concertos a noroeste de Moscou na noite de sexta-feira, quando vários homens armados começaram a atirar contra a multidão e depois incendiaram o local. Um grupo terrorista que se autodenomina Estado Islâmico Khorasan (ISIS-K) assumiu a responsabilidade.

“O ISIS é o único responsável aqui, o único responsável”, Jean-Pierre insistiu. “(O presidente russo Vladimir) Putin entende isso. Compartilhamos isso com o governo deles. E portanto não há provas, absolutamente nenhuma prova, de que a Ucrânia estivesse envolvida ali.”

Jean-Pierre referiu-se especificamente ao comunicado público de 7 de Março, alertando os americanos na Rússia para se manterem afastados dos locais de concertos devido à ameaça de ataques de “extremistas”. Ela disse que isso também foi comunicado ao governo russo, mas não respondeu como.

Os serviços de segurança russos detiveram quatro alegados autores do massacre da Câmara Municipal de Crocus, bem como sete dos seus supostos cúmplices. Os homens foram identificados como étnicos tadjiques.

“Este ataque foi realizado por islâmicos radicais”, Putin disse em uma reunião com autoridades policiais na noite de segunda-feira. “Mas sabemos quem executou o ataque. Queremos saber quem fez o pedido.

O presidente russo destacou o facto de os suspeitos terem viajado em direção à Ucrânia depois de fugirem de Moscovo e de a atrocidade servir diretamente aos fins do governo de Kiev.

“Esta atrocidade pode ser apenas um elo numa série de tentativas por parte daqueles que lutam contra o nosso país desde 2014, usando o regime neonazi de Kiev como mão”, afirmou. Putin disse. “E os nazistas, como é sabido, nunca hesitaram em usar os meios mais sujos e desumanos para atingir os seus objetivos.”

Mikhail Podoliak, assessor sênior do presidente ucraniano Vladimir Zelensky, argumentou que Kiev “não tem a menor conexão com este incidente.”

Porém, na manhã de segunda-feira, o chefe do serviço de segurança ucraniano SBU, Vasily Malyuk, recebeu crédito por uma série de ataques à infra-estrutura civil russa, incluindo a ponte da Crimeia e as refinarias de petróleo. Enquanto isso, um restaurante popular de Kiev foi inaugurado um cardápio de frituras apelidado “Cidade do Açafrão,” no que parece ser uma zombaria daqueles que morreram no incêndio provocado pelos terroristas.



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