beirute, Libano – Abbas Baalbaki, pesquisador de química ambiental da Universidade Americana de Beirute (AUB), tem observado o fósforo branco lançado por Israel em solo libanês há quase seis meses.
Então, um dia, uma amostra que ele e um colega estavam examinando pegou fogo.
Isso não deveria ter acontecido. As amostras foram lançadas sobre Kfar Kila em 17 de outubro e coletadas em 10 de novembro, após chover na área.
Eles já estavam “gastos” há quase um mês quando Baalbaki os testou.
Ele leu toda a literatura sobre fósforo branco e tomou todas as precauções – as amostras não deveriam estar ativas.
“(Eles) começaram a emitir fumaça”, contou Baalbaki à Al Jazeera.
Alguns segundos de exposição aos vapores foram suficientes para causar confusão mental, falta de concentração, dores de cabeça extremas, fadiga e cólicas estomacais em Baalbaki por dias.
“Liguei para meu colega e perguntei como ele estava se sentindo”, disse ele. “Ele tinha os mesmos sintomas.
“Eu não tinha entendido o quão tóxico isso é.”
O fósforo branco lançado no Líbano, acredita Baalbaki, permanece ativo, muito tóxico e inflamável por muito mais tempo do que indicam as informações sobre o assunto.
Ele junta-se a um coro de investigadores e especialistas libaneses que alertam que as tácticas de Israel estão a causar danos a longo prazo e potencialmente irreversíveis ao ambiente, à agricultura e à economia do sul do Líbano, tornando-o potencialmente inabitável.