O advogado da vítima de Alves: “É um retrocesso na recuperação emocional dele”

Ester Garciaadvogado da vítima de Daniel Alves, condenado a quatro anos e seis meses por estupro, confessou que a liberdade provisória do brasileiro foi um duro golpe para a vítima. “Tem sido muito complicado e voltámos novamente, como em Dezembro quando saíram as suas imagens (a mãe de Alves publicou-as nas suas redes sociais), a ter que apoiá-la. Comente que com tudo que aconteceu sai de novo“, explicou.

Esta foi a libertação de Dani Alves da prisão

“Isso é muito difícil de explicar em termos legais a uma vítima”, explicou em tom sério em declarações à Catalunya Ràdio. O advogado afirmou que a saída de Daniel Alves A prisão “obviamente” revitimiza a jovem e representa um episódio delicado para o seu estado emocional: “Sua liberdade representa uma revitimização e um retrocesso no processo de recuperação emocional que ela estava passando.

Risco de fuga de Dani Alves

A advogada, do ponto de vista técnico, comentou que nos casos de violência sexual o prisão preventivasituação em que ele se encontrou Daniel Alvesé “muito excepcional”. “Neste caso, a prisão preventiva foi decretada porque havia um risco elevado de fuga. É uma pessoa que tem uma capacidade económica significativa devido à sua trajetória profissional e aos rendimentos que tem tido”, refletiu.

Além do mais, Ester Garcia se lembrou disso Alves tem dupla nacionalidade espanhola e brasileira, o que aumentaria este risco porque Brasil Não há acordo de extradição neste caso. A advogada insistiu que a prisão preventiva é uma medida incomum, apesar de ter sublinhado que, na sua opinião, a “risco de fuga” do acusado. “Não concordo com a resolução judicial nos termos jurídicos”, afirmou.

Libertação provisória foi negada em dezembro

Ester Garcia lembrou que o Tribunal Provincial de Barcelona foi contra a saída de Dani Alves do Centro Penitenciário de Brians 2, algo que agora mudou. “O quarto, em Dezembro de 2023, manteve a prisão preventiva porque disse que havia risco de fuga e hoje isso não mudou. A única coisa que mudou é que existe uma condenação (da qual cabe recurso para o Supremo)”, analisou.

A advogada comunicou que apelou à liberdade provisória já que, insistiu, o risco de fuga ainda existe apesar da retirada dos dois passaportes de Daniel Alves, espanhol e brasileiro. “Para uma vítima é muito difícil compreender que, apesar de acreditarem (como o tribunal deixou claro na sua sentença), algumas semanas após a sentença, o culpado poderia estar na rua. É incongruente“, refletiu.

Proteção da vítima

Já o responsável pelo Ministério Público privado destacou as garantias judiciais na proteção da vítima: “Fizemos progressos e isso tem que ser dito”. A ordem de restrição Daniel Alveso que Você não conseguirá chegar mais perto do que um quilômetro da jovem, foi comunicado a todas as autoridades policiais, que estão a acompanhar. “Não acho que a pessoa sob investigação tentará abordar meu cliente”, disse ela.

Fiança de Dani Alves

“Está provado que ele tem capacidade financeira porque se não a tivesse não lhe teria sido colocada uma fiança de um milhão de euros. Um fim de semana se passou desde que o valor foi definido até ser postadonão demorou tanto para conseguir esse dinheiro”, analisou Ester Garcia. A advogada deixou claro que “não têm provas nem terão provas” de onde ela obteve as informações. Daniel Alves este dígito.

Além disso, o advogado da vítima lembrou que o Ministério Público já tinha provado que o jogador de futebol estava dono de 14 empresas no Brasil: “Obviamente, daí decorre que ele tem capacidade económica.” Ester Garcianeste sentido, considerou “preocupante” a mensagem que pode ser enviada após a sentença de que existe um tipo de justiça para os ricos e outro para os pobres. “Nos casos em que obtive condenação, a prisão preventiva sempre foi mantida até o cumprimento”ele apontou.



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