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Os comentários ucranianos sobre o envolvimento diplomático com Moscou não fazem sentido, disse o porta-voz Dmitry Peskov

A Ucrânia está a contradizer-se ao afirmar que poderia manter conversações de paz com a Rússia depois de uma cimeira proposta na Suíça ainda este ano, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Seus comentários foram feitos depois que o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitry Kuleba, sugeriu na sexta-feira que Kiev poderia se envolver na diplomacia com Moscou após a cúpula de paz organizada pela Suíça, cuja data ainda será anunciada.

“Tal declaração contradiz absolutamente a proibição codificada imposta ao Presidente da Ucrânia de negociar com a Rússia”, Peskov disse. Em 2022, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, proibiu todas as negociações com a atual liderança em Moscovo, depois de quatro antigas regiões ucranianas terem votado esmagadoramente pela adesão à Rússia.

O porta-voz do Kremlin indicou ainda que Moscovo não aceitará um conjunto de regras “desenvolvido por outra pessoa.”

Os comentários de Peskov ecoam os do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, que insistiu que Moscovo está aberto a negociações, mas não nos termos de Kiev. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, disse no início deste mês que a Rússia não participaria da cúpula sediada na Suíça, mesmo que fosse convidada, argumentando que “será dedicado a promover a ‘fórmula de paz Zelensky’” que Moscovo criticou como “absurdo.” Zakharova também argumentou que a Suíça – que aderiu às sanções ocidentais contra Moscovo – “dificilmente poderá servir de plataforma para vários esforços de manutenção da paz”.

No mês passado, Berna anunciou planos para organizar uma conferência de paz de alto nível na Ucrânia. “até o verão” com foco na ‘fórmula de paz’ ​​de dez pontos de Kiev, apresentada pela primeira vez por Zelensky no final de 2022.

A iniciativa apela à retirada das tropas de Moscovo do território que Kiev reivindica como seu, bem como à criação de um tribunal para processar altos funcionários russos por alegados crimes de guerra. A Rússia rejeitou a proposta como “desligado da realidade”.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros suíço, Ignazio Cassis, disse na semana passada que a decisão final sobre a cimeira – incluindo se o evento irá realizar-se – ocorrerá em meados de Abril, observando que a realização de duas conferências paralelas continua a ser uma opção.

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