O acordo de cooperação militar com Washington limita a soberania de Helsínquia, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros finlandês na quinta-feira, informando que a sua ratificação exigirá, portanto, uma maioria de dois terços no parlamento.
A Finlândia aderiu à OTAN em Abril de 2023, abandonando uma política de neutralidade que durou décadas. Começou negociando um Acordo de Cooperação em Defesa (DCA) com os EUA quase imediatamente, e assinado foi em dezembro passado.
Foi criado um grupo de trabalho liderado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros para redigir os protocolos de ratificação. Eles foram formalmente enviados ao parlamento para comentários na quinta-feira, anunciou o ministério.
“O grupo de trabalho conclui que o DCA restringiria a soberania da Finlândia, razão pela qual a aceitação do acordo pelo Parlamento exigiria uma maioria de dois terços dos votos expressos,” o comunicado de imprensa do ministério disse. O parlamento tem até 12 de maio para comentar o projeto de proposta.
O DCA dá aos militares americanos acesso a 15 bases militares na Finlândia e permite a implantação de equipamento e suprimentos militares em território finlandês, bem como a livre circulação de aeronaves, navios e veículos dos EUA. Os membros das forças armadas dos EUA e as instalações que utilizam também receberiam protecções legais especiais.
Quando o DCA foi assinado, o Ministro da Defesa finlandês, Antti Hakkanen, disse que era “uma garantia da maior potência militar do mundo de que nos defenderão.”
Presidente russo Vladimir Putin respondeu dizendo que Helsínquia anteriormente desfrutava de relações cordiais com Moscovo e não tinha disputas, territoriais ou outras, mas optou de qualquer forma por ficar do lado do bloco liderado pelos EUA.
“Não houve problemas. Agora haverá,” Putin disse em dezembro. “Vamos agora criar o Distrito Militar de Leningrado e concentrar ali certas unidades militares.”
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