Rolfes, o 'arquiteto' do Leverkusen:

Simon Rolfes (Ibbenbüren, 1982) quase pode ser considerado um “homem de um clube”. Disputou 377 partidas, marcou 49 gols e distribuiu 36 assistências. em suas 10 temporadas (2005-2015) no Bayer Leverkusen. Bons números para uma ‘rolha’.

“Lembro-me da minha estreia, do meu primeiro gol no clássico com o Colônia, da derrota na final da Copa em 2009, das noites da Liga dos Campeões… Foi uma ótima viagem, gostei muito. No começo eu queria jogar. Agora, por outro lado, tenho tanto trabalho que não tenho tempo para perder (risos)”, lembre-se da MARCA.

Atualmente, junto com Fernando Carro (presidente executivo) e Xabi Alonso (treinador), forma a ‘Santíssima Trindade’ do Leverkusen. “Em 2018, voltei ao clube como Diretor da Academia e, quatro meses depois, tornei-me diretor desportivo”, salienta.

“A nomeação de Simon é a melhor decisão que tomei nestes seis anos”,Fernando Carro reconhece. Rolfes, como um bom médio, partilha o jogo: “Para mim tem sido um grande desafio… mas, obviamente, não sou só eu. Temos muitos funcionários de alto nível que nos fizeram crescer e ter sucesso. O que acontece no campo “É um reflexo do trabalho dos escritórios. Quanto mais fortes formos como clube, menos erros cometeremos.”

Ele devolve, porém, a ‘piscadela’ ao seu ‘chefe’: “Adoro trabalhar com o Fernando: ele é fã de esporte, tem muita experiência, é curioso sobre tudo, respeita cada uma das funções… É crucial que apoiemos uns aos outros entre os gestores para ter sucesso.”

A assinatura e o futuro de Xabi

Rolfes também não esquece Xabi Alonso: “Gosto da nossa situação atual, obviamente, mas os tempos difíceis ajudam você a conhecer melhor as pessoas.”. Quando ele chegou, estávamos numa situação delicada na Liga. Foram vários meses de incerteza até que a equipe ‘clicou’, mas Uma coisa curiosa acontece com Xabi: é exatamente como pensávamos que seria… em todos os sentidos. Ele trouxe um estilo de jogo que se adapta perfeitamente ao time. “Eu também destacaria sua personalidade e forma de liderar”.

Rolfes: “Xabi Alonso tem contrato até 2026”

A saída de Xabi Alonso no final do percurso não passou pela sua cabeça, como aconteceu e O próprio Xabi confirmou: “Ele tem contrato (até 2026) e trabalhamos lado a lado planejando as coisas. Uli Hoeness disse que “em Leverkusen você pode pensar em futebol dia…e noite” e é isso que tentamos. “Melhore a equipe e dê ao Xabi a liberdade de se concentrar no trabalho e esquecer o resto.”

Xabi tem contrato (até 2026) e trabalhamos lado a lado planejando as coisas. Estamos constantemente atualizando

O método Leverkusen

“O scouting está cheio de enigmas. Não posso revelá-los todos”, brinca o diretor desportivo do Bayer Leverkusen. “Estou feliz com muitas contratações”, avisa antes de parar em Wirtz: “Ele é um caso especial. Eu o descobri quando ele tinha 13 anos. Quando voltei ao clube, a primeira coisa que fiz foi perguntar quando terminava o contrato. Me disseram isso em 2020 e isso se tornou minha prioridade. Tê-lo trazido de graça é incrível. “Ele levou o clube a outro nível.”

Wirtz é um caso especial. Contratá-lo se tornou minha prioridade. Tê-lo trazido de graça é incrível. Ele levou o clube a outro nível

Ele então nos dá outra pista sobre seu modelo: “Não é segredo que gostamos do mercado sul-americano, está no DNA do clube. Nosso estilo é semelhante ao espanhol. “Adoro a inteligência e a técnica com que o futebol é jogado em Espanha.”

Daí, também, as contratações de Grimaldo e Borja Iglesias: “Alejandro poderia nos dar uma mais-valia e tem sido assim. Ele é um exemplo a seguir pelos jovens pela sua rebatida, pelo seu profissionalismo… Não é fácil chega ao meio do percurso, mas o Borja tem se conectado bem com todo mundo. Sempre que sai dá tudo. Teve azar, mas vai marcar. Com certeza.”

Temporada histórica

O Leverkusen é líder da Liga, está nas semifinais da Copa e nas quartas de final da Liga Europa. Opte por um trigêmeo. Como em 2002, quando perdeu três títulos em apenas 15 dias.

“Não vejo semelhanças com 2002. Quando você joga sempre com os mesmos jogadores você chega ao final do percurso sem energia. Nós, por outro lado, temos 20 jogadores de qualidade e estamos rotacionando. Então veremos o que o destino nos reserva”, avisa.

Dos escritórios ele desenhou uma equipe invencível. “O que chamaria a atenção, mais do que não perder, é que, dos 38 jogos, vencemos 33. Saímos para vencer, sem medo”, disse. sublinhadas. As ofertas estão inundando seu escritório. “Não é um problema. É um bom sinal. O importante é que os jogadores queiram ficar, não que digamos: ‘Você não pode sair’.Rolfes se despede.

O que chamaria a atenção, mais do que não perder, é que, dos 38 jogos, vencemos 33. Saímos para vencer, sem medo

É assim que Rolfes lembra Carvajal e Kroos

Simon Rolfes partilhou o balneário, enquanto jogador, com duas ‘vacas sagradas’ do Real Madrid. Muita gente não se lembra… mas Kroos jogou no Leverkusen (2009-10).

“Eu o conheci quando ele tinha 18 anos. Ele era jovem, mas tinha muito potencial. Ele veio emprestado por uma temporada e meia. Nos primeiros seis meses ele sofreu porque não jogava muito. Heynckes disse a ele: ‘Não se concentre apenas nas suas qualidades, você tem que trabalhar como um profissional’. Lá ele começou a traçar seu próprio caminho. Toni é excelente, não apenas por suas habilidades. “Os anos que passou ao mais alto nível falam muito bem dele.”diz Rolfes.

É assim que Rolfes relembra a época de Carvajal e Kroos em Leverkusen

Carvajal chegou emprestado em 2012-2013: “Ele era alguém especial. No começo ele era tímido. Ele treinava e pronto. Depois conhecemos o outro ‘Dani’. Acho que ela gostaria de continuar mais um ano. Era difícil prever seu desenvolvimento, tão meteórico, mas a qualidade, a agressividade e a vontade de vencer estavam lá.



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