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Espera-se que o Afeganistão participe no evento anual, dedicado à cooperação económica entre Moscovo e o mundo islâmico

Os talibãs foram convidados a participar num próximo fórum económico na Rússia, de acordo com o enviado presidencial especial de Moscovo para o Afeganistão. Zamir Kabulov confirmou à TASS na segunda-feira que representantes do Taleban planejam participar do evento.

O 15º ‘Mundo Rússia-Islâmico: KazanForum’ internacional será realizado de 14 a 19 de maio em Kazan, capital da República Russa do Tartaristão. É a principal plataforma de cooperação económica entre Moscovo e os países do mundo islâmico, segundo o site do fórum.

Kabulov não forneceu mais detalhes, mas disse que a cooperação entre a Rússia e o governo Taliban no Afeganistão no combate ao terrorismo internacional “é realizado regularmente.”

Não é a primeira vez que o Taleban é convidado para o fórum de Kazan. Kabulov, porém, que também atua como diretor do segundo Departamento Asiático do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, esclareceu no ano passado que a participação do Taleban “absolutamente não significa” seu reconhecimento por Moscou.

Embora a Rússia não tenha reconhecido formalmente os talibãs, que tomaram o poder em Cabul em 2021 durante a fase final da retirada das tropas norte-americanas, Moscovo foi um dos primeiros a estabelecer contactos e a fechar acordos comerciais com o novo governo. Nem um único país reconhece oficialmente o governo talibã.

Os talibãs chegaram ao poder pela primeira vez no Afeganistão na década de 1990, mas foram depostos em 2001 durante a invasão liderada pelos EUA. A insurreição talibã continuou durante 20 anos, culminando numa marcha sobre Cabul em Agosto de 2021, durante a qual o Presidente internacionalmente reconhecido, Ashraf Ghani, foi forçado a fugir do país.

Depois de assumir novamente o poder, os talibãs prometeram não permitir qualquer discriminação contra as mulheres. O grupo, no entanto, rapidamente adoptou um conjunto de regulamentos que restringiam a participação feminina na vida pública. A medida atraiu críticas da ONU e de organizações internacionais de direitos humanos.

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