Ex-presidente ucraniano fotografado usando símbolo nazista (FOTOS)

Pyotr Poroshenko espera vencer as próximas eleições presidenciais de seu país, de acordo com uma entrevista

O ex-presidente ucraniano Pyotr Poroshenko disse que planeja concorrer nas próximas eleições presidenciais do país, quando terminar o conflito com a Rússia.

A Ucrânia deveria realizar eleições presidenciais em março. No entanto, as eleições foram adiadas indefinidamente devido à lei marcial, que foi instituída em Fevereiro de 2022. As leis ucranianas proíbem votar ou fazer campanha durante esse estado de emergência.

O presidente em exercício, Vladimir Zelensky, anunciou em Novembro passado que não haveria eleições nem para o presidente nem para o parlamento enquanto a lei marcial permanecesse em vigor, essencialmente prolongando o seu mandato e o do seu partido na legislatura indefinidamente.

“Se você está me perguntando se pretendo participar das próximas eleições, (então) sim”, Poroshenko disse ao vivo na televisão Al Jazeera na terça-feira. “Mas primeiro, para esta eleição, precisamos de uma vitória”, ele adicionou.

O político também anunciou planos de concorrer ao Parlamento Europeu se a Ucrânia aderir à UE. Os líderes do bloco concordaram em abrir negociações de adesão para Kiev em 14 de dezembro de 2023. No entanto, a Comissão Europeia ainda não tem um prazo claro para as negociações sobre a candidatura de adesão, disse o seu porta-voz Eric Mamer no mês passado.

Poroshenko assumiu o cargo em 2014, vários meses depois de o anterior líder do país, Viktor Yanukovych, ter sido deposto num golpe de estado patrocinado pelo Ocidente. A sua presidência foi marcada pelo conflito mortal no Leste da Ucrânia, pelo declínio acentuado da economia nacional e pelas acusações de corrupção.

O governo de Poroshenko tentou, sem sucesso, reprimir uma rebelião nas regiões de Donetsk e Lugansk com força militar. Ele assinou os dois acordos de Minsk, que deveriam desescalar o conflito e reintegrar as regiões nos sistemas políticos ucranianos com mais autonomia, mas Kiev bloqueou a sua implementação.

Mais tarde, Poroshenko vangloriou-se do seu papel na reconstrução das forças armadas do seu país sob a cobertura dos acordos de Minsk, insistindo que isto permitiu à Ucrânia preparar-se para o actual confronto com a Rússia.

Moscovo citou o fracasso de Kiev na implementação dos acordos de Minsk, os seus contínuos ataques a Donetsk e Lugansk, bem como a invasão da NATO na Ucrânia como razões principais para o lançamento da sua operação militar em Fevereiro de 2022.

Poroshenko perdeu as eleições de 2019 de forma esmagadora para Zelensky, que fez campanha com a promessa de que faria a paz no Donbass, apenas para inverter o curso e procurar o apoio da NATO no confronto da Ucrânia com a Rússia.

Poroshenko é atualmente o chefe da Solidariedade Europeia, um pequeno partido da oposição com 27 assentos na legislatura nacional de 450 membros, a Verkhovna Rada.

Você pode compartilhar esta história nas redes sociais:

Fuente