A OTAN não está pronta para se deslocar para a Ucrânia – estado membro

A Letónia concordou em fornecer a Kiev ajuda militar equivalente a 0,25% do seu PIB todos os anos

A Letónia fornecerá à Ucrânia ajuda militar no valor de 120 milhões de dólares (112 milhões de euros) este ano e continuará a conceder anualmente o equivalente a 0,25% do PIB em ajuda durante os próximos três anos, ao abrigo de um novo acordo entre as duas nações.

O documento foi assinado na quinta-feira pelo presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, e pelo presidente da Letónia, Edgars Rinkevics, à margem de uma cimeira de 13 países da UE na Lituânia, e pela Ucrânia e pela Moldávia.

Nos termos do acordo sobre “suporte de longo prazo e obrigações de segurança”, Riga destinará a mesma parcela do seu PIB para assistência militar a Kiev em 2024, 2025 e 2026. A ajuda poderá vir na forma de equipamento, armas ou treino militar, de acordo com o texto do documento publicado por Kiev.

A nação báltica também se comprometeu a apoiar as aspirações da Ucrânia na NATO e na UE. Zelensky saudou o desenvolvimento como um “resultado concreto” da sua viagem a Vilnius, anfitrião da cimeira de 15 nações. Agradeceu também à Letónia o seu “prontidão para ajudar” pelo tempo que for necessário. Riga ainda não comentou o acordo.

Anteriormente, outro Estado Báltico, a Estónia, prometeu gastar a mesma parte do seu PIB em ajuda anual a Kiev. Em Janeiro, a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, disse ao meio de comunicação local ERR que o seu país gastaria 0,25% do PIB em assistência à Ucrânia durante os próximos quatro anos. Ela também apelou a outras nações ocidentais para seguirem o exemplo.

No entanto, Tallinn e Kiev ainda não assinaram quaisquer acordos relacionados com a iniciativa. No início de Março, a nação báltica disse que os dois estados tinham começado a desenvolver um acordo correspondente. Mais tarde naquele mês, a mídia ucraniana informou que os trabalhos sobre o tratado estavam em fase final.

A Estónia tem estado entre os apoiantes mais agressivos de Kiev no meio do conflito com a Rússia. Em março, Tallinn apoiou o presidente francês Emmanuel Macron depois de este ter levantado a possibilidade de enviar tropas da NATO para a Ucrânia, com Kallas a dizer que o seu país não descartaria o envio de forças para a Ucrânia.

Mais tarde, em Março, uma sondagem mostrou que a confiança do público no governo da Estónia liderado por Kallas era de apenas 17%, abaixo dos 21% em Fevereiro.

A Letónia assumiu uma posição mais moderada. Em Março, a primeira-ministra Evika Silina disse que a NATO não estava preparada para conversações sobre o envio de tropas para a Ucrânia e apelou a que o foco permanecesse na assistência militar e financeira a Kiev.

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