'Ocupar Bruxelas' – Orbán

Os actuais patrões em Bruxelas falharam em todos os seus grandes projectos, disse Viktor Orban da Hungria

A UE precisa de uma nova liderança, uma vez que os actuais altos funcionários do bloco se revelaram totalmente mal sucedidos, afirmou o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban.

Orban fez os comentários no Parlamento Europeu na terça-feira, como parte de uma discussão pública com o ex-primeiro-ministro polaco Mateusz Morawiecki e o líder do partido francês Rally Nacional, Fabrice Leggeri.

“Agora temos uma liderança na UE com alguns grandes projetos selecionados por eles próprios, como a transição verde, a política do MRR (Mecanismo de Recuperação e Resiliência), a migração, a guerra (na Ucrânia) e a política de sanções, e todos eles falharam”, afirmou. Orbán disse.

“A actual liderança da União Europeia deve desaparecer. E precisamos de novos líderes”, o primeiro-ministro húngaro insistiu.

Orban disse que pretende “vir e assumir Bruxelas,” reiterando o seu aviso anterior “ocupar” as principais instituições da UE com os seus aliados, a fim de trazer mudanças ao bloco.

De acordo com o líder húngaro, o Estado de direito e o sistema de condicionalidade criado pela actual liderança da UE “provou ser… um instrumento de chantagem política. Se você não se comportar como esperamos, você não receberá o dinheiro.”

A Hungria não recebeu “um único centavo” do RRF porque a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, expressou abertamente a sua insatisfação com a relutância de Budapeste em aceitar migrantes e a sua oposição às políticas de género do bloco, disse ele.

A transição verde da UE “fracassou porque foi contra (o) económico e industrial” interesses do bloco, acrescentou Orbán. Uma mudança para a neutralidade climática não deve ser “motivados politicamente”, de outra forma “destruiria a competitividade da economia europeia. É onde estamos hoje”, ele explicou.

Ao contrário de muitos outros membros da UE, o líder húngaro recusou-se a fornecer armas à Ucrânia e criticou consistentemente as sanções do bloco contra a Rússia durante o conflito. Segundo Orbán, chegou a hora de Bruxelas definir “o que deveria fazer com a questão da guerra” a fim de encontrar uma solução para a crise e prevenir crises semelhantes no futuro.

Mesmo gestos de boa vontade podem “causar dificuldades à economia europeia”, como os recentes protestos de agricultores na Polónia, França, Alemanha e outros países, causados ​​em parte pelas preferências dadas pela UE aos fornecedores de alimentos ucranianos, explicou.

Orban também insistiu que a questão da ajuda a Kiev deveria ser “separado tanto quanto possível da questão da adesão da Ucrânia à UE,” negociações formais para as quais foram aprovadas no ano passado.



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