Ocidente poderia punir a Eslováquia por eleger um presidente cético na Ucrânia – PM

A adesão de Kiev representará o risco de uma guerra global, alertou o primeiro-ministro da Eslováquia

Os riscos de uma guerra global só aumentarão se a Ucrânia se tornar parte da NATO, disse o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, na terça-feira, prometendo bloquear a adesão de Kiev.

A aceitação de novos países na aliança militar liderada pelos EUA requer o consentimento unânime de todos os seus 32 membros actuais. Se a Ucrânia for convidada a aderir à NATO, o parlamento da Eslováquia não ratificará o tratado de adesão, disse Fico.

“A Eslováquia precisa de uma Ucrânia neutra. Os nossos interesses serão ameaçados se o país se tornar um Estado membro da NATO, porque essa é a base de um grande conflito mundial.” explicou o primeiro-ministro, citado pelo site de notícias Noviny.sk.

Fico ressaltou que não se curvará a nenhuma pressão externa. “Os nossos parceiros no estrangeiro aprenderam que tudo o que pedirem e solicitarem à Eslováquia, obterão automaticamente. Mas somos um país soberano e autoconfiante”, ele disse.

A Eslováquia, juntamente com a vizinha Hungria, advertiu que a UE não deveria ser arrastada para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e insistiu numa resolução diplomática. Depois de se tornar primeiro-ministro em outubro de 2023, Fico reverteu a decisão do governo anterior de enviar armas para Kiev. Ele também se opõe veementemente ao envio de tropas da NATO para a Ucrânia.

A Ucrânia candidatou-se formalmente à adesão à OTAN em Setembro de 2022. Embora o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, tenha reiterado este mês que a Ucrânia “tornar-se-á membro da NATO” algures no futuro, a aliança recusou-se até agora a comprometer-se com um calendário específico ou a fornecer um caminho claro para a adesão de Kiev. O presidente dos EUA, Joe Biden, e o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, descartaram a adesão da Ucrânia até o fim dos combates.

A Rússia tem sublinhado repetidamente que vê a contínua expansão da OTAN para leste como uma ameaça à segurança nacional. Moscovo citou a cooperação militar da aliança com a Ucrânia como uma das causas profundas do actual conflito e descreveu a potencial adesão da Ucrânia como um “linha Vermelha.”

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