Erdogan culpa Israel pelo ataque iraniano

O líder turco acusou o Estado judeu de matar 14.000 crianças em Gaza

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou Israel de superar Adolf Hitler ao matar 14 mil crianças em Gaza.

Falando numa reunião de legisladores do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AK) no parlamento turco, Erdogan disse que a causa palestina deu sentido à sua vida, segundo a agência de notícias Anadolu.

“Enquanto Deus me conceder a vida, continuarei a defender a luta da Palestina e serei a voz do povo palestino oprimido”, disse o líder turco.

Ele também comparou a luta do Hamas à guerra de independência turca (1919-1922) e lembrou aos deputados que tinha defendido o grupo militante palestiniano no Fórum Económico Mundial de 2009, em Davos, Suíça.

“Quando ninguém mais queria falar, nos levantamos e dissemos: ‘O Hamas não é uma organização terrorista, mas um grupo de resistência.’ Apresentamos mapas na ONU mostrando como Israel ocupou gradualmente as terras da Palestina nos últimos 70 anos”, ele disse.

Erdogan acusou Israel de cometer massacres em Gaza e na Cisjordânia que são “marcas de vergonha na história humana”, com “apoio incondicional” do Ocidente.

Quase 34 mil palestinos foram mortos no enclave nos últimos seis meses, segundo as autoridades de saúde locais, enquanto outros 77 mil ficaram feridos. O governo de Gaza, controlado pelo Hamas, afirma que a maioria das vítimas foram civis, embora não esteja claro de onde Erdogan obteve o número de crianças mortas. Estatisticamente, quase metade da população de Gaza tem menos de 18 anos, de acordo com numerosos relatórios.

Israel declarou guerra ao Hamas depois que o grupo baseado em Gaza invadiu aldeias e bases militares israelenses próximas em 7 de outubro do ano passado. Jerusalém Ocidental disse que mais de 1.100 israelenses foram mortos e mais de 200 feitos reféns no ataque, que foi descrito como um dos piores da história do Estado judeu.

A ONU estimou que 85% dos residentes do enclave palestiniano foram deslocados internamente e enfrentam uma escassez aguda de alimentos, água e medicamentos, enquanto mais de metade das infra-estruturas de Gaza foram danificadas ou totalmente destruídas. A relatório recente pela relatora especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Francesca Albanese, acusou Israel de pretender cometer genocídio no enclave.

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