Atleti, a imagem doeu só de ver

Do mesmo em uma final, como na de Dortmund, que em uma partida menor, como a de Vitória. Na mesma semana, o Atlético mostrou todas as suas deficiências nos dois grandes torneios. Um, para manter o sonho longe Campeões. Outra, para colocar em risco a próxima edição do orejona. A primeira parte assinada pela equipa de Cholo foi, simplesmente, dramática. Na brincadeira, na intensidade, no desejo. Restou uma final com sete datas que a equipe de Cholo despachou como se não fosse com eles.

Aliás, a do Mendizorroza é a décima primeira derrota fora de casa nesta temporada. Recorde na era SImeone, uma marca negativa que o levou a abandonar as opções na LaLiga há meses, mas também a deitar fora a Taça em San Mamés ou a ver como o Borussia o expulsou da Europa. Os dois últimos, pelo tamanho dos rivais, poderiam até ser compreensíveis, não tanto vendo esta versão aterradora em visitas onde o Atlético deve prevalecer. Cádiz, Vitória… E um longo etc.

Giuliano não entende sobrenomes

Ele tem o gene Simeone, grandes palavras no futebol e está no Atlético desde que começou a dar os primeiros passos. Sim, desde que ele corria pelo Morro batendo na bola – que era quase maior que ele – ainda criança nos primeiros anos do pai na entidade. Depois usou cabelos compridos e até prestou serviço militar como gandula no Calderón. Juliano, A menor da saga foi a aposta de Luis García no onze e ele mostrou que é um Simeone em todas as bolas. Ele lutou contra tudo, fez o 2 a 0 e mostrou como sempre faz que tem nele um atacante da Primeira Divisão. E aqueles que serão comentados não só pelo sobrenome. Para lembrar como ele deixou Molina sentado na banda no início do segundo ato.

De Paul, nenhum vestígio do campeão mundial

O péssimo primeiro tempo do time rubro-negro terminou com uma mudança, como é de praxe, de Simeone para reverter a situação. Saúl entrou em campo sempre desconfiado porque não era exatamente quem era, para um De Paul que foi apontado depois de um primeiro tempo ruim naquele que menos jogou… e aquele que menos lutou numa equipa de meio-campo superada por uma equipa do Alavés que tinha um plano. Dê tudo porque a LaLiga está acabando e jogadores como De Paul parecem estar pensando em outro lugar. Perigoso para os de Cholo quando a qualificação para a próxima Liga dos Campeões ainda está em aberto… apesar dos favores que vêm de San Mamés.

Sem Griezmann, sem festa

Desde antes do Milan onde machucou o tornozelo Antonio Griezmann Perdeu o brilho que o levou a liderar o Atlético no início da temporada (e em quase toda a anterior). O francês não está fisicamente apto, não está no seu nível espetacular, e isso é pago por uma equipe do Atlético que depende excessivamente do talento do camisa 7. Pelo que ele gera no ataque em gols e assistências, sim, mas também pela sua capacidade de fazer com que todos toquem a melodia que marca a sua bela perna esquerda. Ou ele volta logo ou o Atlético vai acabar sofrendo. Sem Griezmann, sem festa.

Luis García, outro dos técnicos ‘anônimos’ que tem enorme mérito

Além do resultado devemos colocar em valor o trabalho de Luis García em Alavés. Com um elenco justo para salvar a categoria, o ex-jogador do Getafe faz um ótimo trabalho no Vitória. Criou uma equipe dura e compacta, que sabe competir até contra rivais de qualidade superior, como o próprio Atlético. E García Plaza faz parte da raça de treinadores espanhóis de alto nível, além da mídia como Guardiola, Arteta ou Emery, para citar três que sucederam no Premier.



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