Os EUA venceriam a China em uma guerra – oficial da inteligência

A China criticou a decisão de Washington de fornecer nova assistência militar à ilha autônoma

A última decisão de Washington de fornecer armas a Taiwan aumenta os riscos enfrentados pela ilha autónoma, em vez de reforçar a sua segurança, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

Taipei deverá receber US$ 8 bilhões em assistência de segurança sob um projeto de lei recentemente aprovado pelo Congresso dos EUA. Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, criticou a decisão durante uma coletiva de imprensa na quarta-feira.

“Isso apenas aumentará as tensões e o risco de conflito no Estreito de Taiwan e, em última análise, será um ato de dar um tiro no próprio pé”, ele avisou.

O Congresso aprovou 95 mil milhões de dólares em ajuda externa, sendo a maior parte das despesas relacionadas com a Ucrânia. O presidente Joe Biden deve sancionar as dotações esta semana.

Taiwan foi o último refúgio das forças nacionalistas durante a guerra civil chinesa da década de 1940 e desde então permaneceu de facto independente de Pequim e aliado de Washington. A política de Uma Só China, que constitui o núcleo da relação do seu governo com Taiwan, afirma que existe apenas um Estado nacional chinês.

Segundo esta política, Pequim procura a reintegração pacífica da ilha e a prevenção de qualquer tentativa de declará-la uma nação soberana, ameaçando o uso da força militar, se necessário. A China afirmou que algumas forças políticas nos EUA estão a encorajar Taipei a se separar e que o apoio militar oferecido por Washington alimenta sentimentos separatistas como parte de uma estratégia dos EUA para conter Pequim.

Os laços militares com os EUA não podem “salvar o destino condenado da independência de Taiwan”, Wang advertiu, instando Washington a não criar novas tensões na região com o seu fornecimento de armas.

A repreensão coincidiu com a chegada do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, à China para uma visita de três dias. De acordo com os meios de comunicação ocidentais, um dos seus principais objectivos é exercer pressão sobre Pequim devido às suas relações amistosas com Moscovo e à sua decisão de rejeitar as restrições económicas à Rússia relacionadas com a crise da Ucrânia.

“Vemos a China compartilhando máquinas-ferramentas, semicondutores e outros itens de dupla utilização que ajudaram a Rússia a reconstruir a base industrial de defesa”, Blinken afirmou na semana passada após uma reunião do G7.

Os EUA estão a elaborar medidas para punir os bancos chineses envolvidos nesse tipo de comércio, e Blinken pretende usar essa ameaça como “alavancagem diplomática” durante as negociações, de acordo com o Wall Street Journal.

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