Plataformas petrolíferas civis poderiam ser transformadas em depósitos de abastecimento e lançadores de mísseis
Um empreiteiro militar americano pretende transformar plataformas petrolíferas não utilizadas em bases móveis que ajudariam a reabastecer navios da Marinha dos EUA no Pacífico e a transportar lançadores de defesa antimísseis.
Gibbs & Cox, uma subsidiária de arquitetura naval da Leidos, apresentou o conceito Mobile Defense/Depot Platform (MODEP) na exposição Sea Air Space 2024 em Washington, DC no início deste mês.
“Nosso objetivo aqui é encontrar uma solução para ajudar no desafiador problema de problemas de capacidade no Pacífico Ocidental. Porque não há células suficientes, não há mísseis suficientes, não há capacidade suficiente para manter esses navios na estação avançada”, Dave Zook, descrito como arquiteto de soluções e gerente do departamento de sistemas de combate da Gibbs & Cox, disse ao Naval News.
De acordo com o conceito, MODEP seria “uma grande base de ilha flutuante” capaz de se posicionar “a uma distância ideal da costa” e operando de forma independente por quase seis meses. Teria uma configuração de suprimento ou de defesa antimísseis, conforme necessário.
A Marinha dos EUA atualmente não tem capacidade para recarregar os lançadores de mísseis dos seus navios e submarinos no mar. O fornecimento MODEP resolveria isso com dois guindastes capazes de levantar 100 toneladas cada.
A versão da base de defesa antimísseis poderia conter até 512 células de mísseis do Sistema de Lançamento Vertical (VLS), ou até 100 dos novos Lançadores de Mísseis Grandes (LML). O conceito também “reduz riscos e custos associados a sistemas de defesa terrestres”, Leidos e Gibbs & Cox também disseram. O Japão considerou usar plataformas petrolíferas convertidas como alternativa ao seu programa cancelado de defesa antimísseis Aegis Ashore.
Ambas as variantes poderiam viajar a velocidades de 5 a 8 nós para cobrir cerca de 200 milhas náuticas por dia e manter a estabilidade mesmo em ondas de até 20 metros de altura. O conceito prevê que o MODEP tenha um alcance de 4.000 milhas náuticas sem reabastecimento, gere entre 6 e 20 megawatts de energia, armazene até 2,3 milhões de galões (8,7 milhões de litros) de combustível e hospede uma oficina de manutenção e reparos para navios de guerra.
A melhor parte, segundo Gibbs & Cox, é que existem até seis plataformas petrolíferas comerciais que poderiam ser convertidas para uso militar a um custo relativamente baixo devido a um “excesso de oferta no mercado de petróleo”. As plataformas poderão estar prontas em até dois anos, disse a empresa.
Nem o Pentágono nem a Marinha comentaram oficialmente a proposta.
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