Lukashenko

O presidente também disse que poderia haver um “apocalipse” se a Rússia usasse armas nucleares em retaliação às ações ocidentais.

O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, disse que o risco de incidentes militares ao longo da fronteira do seu país com Ucrânia foi bastante elevado, de acordo com a agência de notícias estatal russa RIA.

A Bielorrússia transferiu vários batalhões prontos para o combate da região de Vitebsk, situada na fronteira com a Rússia, para os limites ocidentais do país, disse ele na quinta-feira, enquanto os delegados da Assembleia Popular Bielorrussa (VNS) aprovavam por unanimidade uma nova doutrina militar. sublinhando que a Bielorrússia é um país amante da paz.

Lukashenko acrescentou que a vizinha Polónia – a oeste do país – não deve esperar ações agressivas da Bielorrússia, afirma o relatório.

O documento atualizado listou os países de onde emanam as ameaças, a gama de ameaças internas e externas à segurança militar e a posição sobre o uso de armas nucleares táticas, afirmou o relatório, sem entrar em detalhes sobre os países nomeados.

Lukashenko, um aliado fundamental do Presidente russo, Vladimir Putin, tem falado frequentemente dos perigos de um ataque da NATO ou da Ucrânia como justificação para manter o seu aparelho militar e de segurança num estado constante de alerta máximo.

A doutrina militar declarou a disponibilidade da Bielorrússia para actuar como plataforma para a resolução pacífica de conflitos e a sua abertura à cooperação na esfera militar com quaisquer estados, incluindo a NATO, informou a RIA.

O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, discursa no Congresso Popular da Bielorrússia em Minsk (Serviço de Imprensa do Presidente da República da Bielorrússia/Divulgação via Reuters)

A agência de notícias estatal russa TASS citou Lukashenko dizendo que poderia haver um “apocalipse” se a Rússia usasse armas nucleares em retaliação às ações ocidentais.

A Rússia implantou armas nucleares táticas, mísseis e tropas no país.

Na reunião do VNS de quinta-feira, Lukashenko alegou que a oposição planeava tomar um distrito no oeste do país e solicitar o apoio das tropas da NATO, segundo a RIA.

“Não sei por que escolheram o distrito de Kobrin, falam muito sobre isso. (Eles planejam) tomá-lo… e apelar à OTAN para enviar tropas”, afirmou Lukashenko.

Não ficou claro se ele forneceu alguma evidência de tal plano. Todas as principais figuras da oposição do país estão na prisão ou foram forçadas ao exílio.

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