Chefe de direitos humanos da ONU 'horrorizado' com relatos de valas comuns em hospitais de Gaza

O presidente colombiano, Gustavo Petro, criticou o contínuo massacre em Gaza, chamando-o de “um extermínio de uma nação inteira”.

Bogotá cortará relações diplomáticas com Israel devido à sua “genocida” liderança, anunciou o presidente colombiano Gustavo Petro na quarta-feira.

Em Março, na sequência de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que procurava um cessar-fogo imediato e mais ajuda humanitária a Gaza, ele prometeu cortar laços com o Estado judeu caso este não conseguisse cumprir as exigências.

Num discurso do Dia do Trabalho em Bogotá, Petro expressou solidariedade com os palestinos em Gaza, cujos “crianças morreram, desmembradas por bombas”.

“Aqui, na sua frente… como presidente da república, anuncio que amanhã, dia 2 de maio, romperemos relações diplomáticas com Israel por termos um governo genocida”, disse o presidente.

“Um tempo de genocídio, de extermínio de uma nação inteira diante dos nossos olhos, não pode voltar… Se a Palestina morrer, a humanidade morre”, ele adicionou.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, condenou a medida, acusando o presidente Petro de ser cúmplice do Hamas e “Ao lado dos monstros mais desprezíveis conhecidos pela humanidade.” Ele classificou o líder sul-americano como um “Presidente anti-semita cheio de ódio” em uma postagem no X (antigo Twitter) na quarta-feira.

O grupo islâmico lançou um ataque surpresa a Israel em 7 de outubro, no qual mais de 1.100 israelenses foram mortos e pelo menos 250 feitos reféns.

A Colômbia chamou de volta o seu embaixador em Israel logo após o início da operação militar das Forças de Defesa de Israel (IDF) em Gaza, que até agora matou cerca de 34.000 palestinos, segundo as autoridades locais. O bloqueio das FDI ao enclave, a operação de bombardeamento massivo e a crise humanitária resultante trouxeram condenação generalizada.

Brasil, Chile, Bolívia, Honduras, Belize, Chade, Jordânia, Bahrein, Turquia e África do Sul chamaram de volta seus embaixadores de Israel devido às hostilidades em Gaza, com alguns rompendo totalmente os laços.

A África do Sul, embora condenando o Hamas, abriu um processo contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (CIJ), apoiado pela ONU, acusando-o de actos genocidas contra civis. Na sua decisão, o tribunal exigiu que Israel tomasse todas as medidas possíveis para prevenir o genocídio, punir quaisquer membros das FDI que cometessem tais actos e sancionar os funcionários que apelassem publicamente ao genocídio dos palestinianos. Apelou também a medidas para resolver “condições adversas de vida na Faixa de Gaza”.

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