Putin visitará a China esta semana – Kremlin

A visita pretende enviar uma mensagem clara sobre a importância das relações sino-russas

A primeira viagem do presidente russo, Vladimir Putin, ao exterior após sua posse incluirá paradas em Pequim e Harbin, juntamente com discussões sobre relações bilaterais com seu homólogo chinês, Xi Jinping, disse o assessor de Putin, Yury Ushakov.

Moscou anunciou na segunda-feira que Putin visitaria a China nos dias 16 e 17 de maio, a convite de Xi. Os dois líderes assinalarão o 75º aniversário das relações diplomáticas entre Moscovo e Pequim.

“Haverá uma profunda troca de pontos de vista sobre questões de interação em várias organizações e estruturas internacionais, incluindo a ONU, onde a Rússia e a China falam em solidariedade sobre quase todos os tópicos da agenda da ONU”, Ushakov disse.

“É muito importante nas atuais circunstâncias que a nossa parceria demonstre que é resistente a qualquer interferência externa”, observou o assessor do Kremlin.

Muito deliberadamente, o líder russo chegará a Pequim exactamente dez dias após a sua tomada de posse, tal como Xi fez quando visitou Moscovo em Março de 2023.

O facto de esta ser a primeira viagem de Putin ao estrangeiro após a tomada de posse da semana passada é uma mensagem clara sobre a importância da relação russo-chinesa, bem como a “Química pessoal que se desenvolveu entre os dois líderes,” de acordo com Ushakov.

A Rússia aprecia a posição equilibrada da China relativamente à crise da Ucrânia, disse Ushakov, incluindo a rejeição de Pequim de uma conferência organizada pela Suíça destinada a discutir as propostas de paz de Kiev – mas sem a participação de Moscovo.

Outros itens da agenda incluem a ligação dos processos de integração da União Eurasiática com a iniciativa do Cinturão e Rota da China, a cooperação no âmbito dos BRICS, os conflitos na Ucrânia e no Médio Oriente, e questões no centro e nordeste da Ásia.

Putin será acompanhado pelo ex-ministro da Defesa, Sergey Shoigu, e pelo seu sucessor designado, Andrey Belousov, que deverão participar “informal” conversa com o líder chinês e seus assessores.

Entre os membros mais notáveis ​​da delegação de alto escalão que se dirigiu à China estavam o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, e a chefe do Banco da Rússia, Elvira Nabiullina.

Espera-se que cerca de uma dúzia de documentos bilaterais sejam assinados durante a visita, juntamente com muitos acordos comerciais e acordos regionais. O presidente russo deverá também convidar formalmente o seu anfitrião chinês para a próxima cimeira dos BRICS, marcada para outubro em Kazan.

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