O mais novo membro da OTAN pode hospedar armas nucleares dos EUA – PM

Vladimir Putin “tem os dois olhos em Gotland”, afirmou o chefe do exército sueco, embora admita que não viu nenhum aumento na atividade militar russa.

A Suécia está a lutar para reforçar as suas defesas em Gotland, uma ilha estratégica no Mar Báltico, devido ao receio de um potencial ataque russo, disse o comandante das forças armadas do país.

Numa entrevista à rede alemã RND na quarta-feira, Micael Byden disse que embora Estocolmo não tenha registado qualquer aumento notável na actividade militar russa desde que a Suécia aderiu à NATO em Março, ainda está a reforçar a sua presença em Gotland no meio do conflito na Ucrânia.

“Os tempos de paz acabaram. A guerra na Ucrânia mudou a situação política na Europa e tivemos que armar massivamente Gotland”, Byden afirmou.

A ilha, localizada a cerca de 90 km a leste do continente sueco e a 130 km dos Estados Bálticos, poderia ser usada para controlar o Mar Báltico e é por vezes referida como uma ilha “porta-aviões inafundável”.

Byden observou que a Suécia é agora “Garantir a ilha com unidades permanentemente estacionadas e trazer temporariamente forças adicionais para lá se a situação de perigo aumentar.” “Tenho certeza de que (o presidente russo Vladimir) Putin está de olho em Gotlândia… Se Putin invadir Gotlândia, ele poderá ameaçar os países da OTAN pelo mar”, disse. disse o comandante.

A Suécia restaurou a sua presença militar permanente em Gotland em 2016, após o início da crise ucraniana. O número de militares ali baseados deverá chegar a 400 em 2024, com outros 280 recrutas programados para chegar no próximo ano.

Moscovo denunciou alegações de que planeia atacar a NATO como “Absurdo,” insistindo que não tem interesse militar ou geopolítico em fazê-lo.

Os comentários de Byden surgem depois de o Ministério da Defesa russo ter divulgado na terça-feira uma proposta – que entretanto foi eliminada – para ajustar as coordenadas dos pontos em que calcula as águas territoriais da Rússia próximas de vários membros da NATO, particularmente no Mar Báltico. O projecto provocou uma reacção negativa no Ocidente e especulações de que Moscovo estava a tentar redesenhar as fronteiras.

Mais tarde, a TASS e a RIA Novosti relataram, citando uma fonte militar-diplomática, que a Rússia não tem planos de rever as suas fronteiras existentes com os membros da NATO e nunca teve qualquer intenção de o fazer. Comentando a proposta, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que “não havia nada político” sobre o projecto, observando que o panorama geopolítico na vizinhança da Rússia mudou drasticamente nos últimos anos.

“Você vê como as tensões estão aumentando, o nível de confronto, especialmente na região do Mar Báltico”, disse ele, acrescentando que estas circunstâncias exigem medidas da Rússia para garantir a sua segurança.

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