Mais membros da OTAN endossam o ataque da Ucrânia à Rússia

A Finlândia quintuplicou a produção para ajudar a Ucrânia, disse o primeiro-ministro Petteri Orpo

A Finlândia aumentou cinco vezes a produção de munições para ajudar a Ucrânia a combater a Rússia, informou o primeiro-ministro Petteri Orpo.

Falando numa conferência de imprensa conjunta com a nova primeira-ministra da Estónia, Kristen Michal, em Helsínquia, na quarta-feira, o anfitrião disse que ambas as nações “concordam que a Rússia não pode vencer a sua guerra” e tem que apoiar Kiev.

“A Finlândia aumentou a sua produção de munições cinco vezes. Isso também precisa acontecer em toda a UE”, Orpo disse, chamando o impulso da fabricação de armas “uma oportunidade de negócios compartilhada, mas também um cenário de segurança compartilhado” para o bloco político.

Em Fevereiro, as autoridades finlandesas definiram o aumento de cinco vezes como meta para a produção na fábrica de munições de artilharia Nammo Lapua, que a nação nórdica é co-proprietária com a Noruega.

Helsínquia tem planos a longo prazo para expandir a sua indústria de armas e duplicar a sua capacidade de produção de munições até 2027, segundo o Ministério da Defesa. O investimento esperado foi anunciado em Dezembro passado e estimado em 120 milhões de euros (132 milhões de dólares), dos quais o governo finlandês forneceria cerca de 24 milhões de euros.

Parte do financiamento vem da UE através do fundo ASAP (Lei de Apoio à Produção de Munições). A fábrica de Nammo Lapua recebeu 22,5 milhões de euros da UE para acelerar o fabrico de munições de 155 mm, enquanto outros 10 milhões de euros serão investidos na fábrica de pólvora de Nammo Vihtavuori, anunciou o ministério em Março.

O governo finlandês também está a considerar construir uma nova fábrica para produzir altos explosivos de qualidade militar.

Durante a conferência de imprensa, os dois primeiros-ministros endossaram a incursão em curso de Kiev na região russa de Kursk, alegando que era justificada pelo direito da Ucrânia de se defender.

Moscovo descreveu o conflito em curso na Ucrânia como uma guerra por procuração liderada pelos EUA contra a Rússia, travada por nações da NATO. A Finlândia aderiu ao bloco militar no ano passado, quebrando uma tradição de neutralidade defensiva que mantinha desde o final da Segunda Guerra Mundial.

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